Por Clerisvaldo B.
Chagas, 2 de junho de 2014 - Crônica Nº
1.201
Dentro da
lógica “só se ama o que se conhece”, focamos às nossas escolas brasileiras
lembrando o Projeto Rondon. Um projeto criado para que estudantes de uma região
conhecessem outras regiões do país e com elas fizessem intercâmbios culturais.
O nosso país é imenso e, são muito grandes as diversificações, embora a língua
portuguesa com seus vários sotaques nos mantenha unidos. Se todos os
brasileiros tivessem oportunidades de conhecer o seu país, a discriminação, por
certo, seria reduzidíssima.
Entretanto,
tudo deve começar dentro de cada município. Demonstrando a realidade do
território de Santana do Ipanema, como exemplo, deveria haver semanalmente,
deslocamento de turmas de alunos de certa escola para conhecer o restante do
município. Temos a região serrana onde as crianças nascem crescem e estudam em
cima das serras, Estas escolas deveriam passear constantemente para ver novas
realidades, tanto em outras serras quanto na baixada. Os estudantes da serra do
Poço, Gugi, Caracol, Camonga e outras, iriam conhecer a baixada como Olho
d’Água do Amaro, Samambaia, Pedra d’Água dos Alexandres... E vice-versa,
orientados por equipe de professores que exigiria depois, trabalhos e
discussões do que viram. Como podemos cobrar do aluno o amor ao seu município
se ele não o conhece. Não se ensina a história municipal, a geografia com seus
acidentes e economia, não se faz uma única incursão... Como essa realidade pode
mudar?
Por outro
lado, a falta de criatividade, conhecimento e mesmice, faz com que continuemos
numa escola do passado. Quando surge alguma boa ideia, logo é atropelada pelo
desânimo da “falta de condições das autoridades”. E o mestre que não é mestre
de nada, não procura outras alternativas para realizar o que idealizou, desanimado
com o enfado de cada dia.
O resultado é
que o aluno se torna adulto e até precisa trabalhar em outra região do país,
mas nem sequer identifica a história, a geografia e os hábitos do seu
município, somente os poucos quilômetros quadrados do bairro ou do sítio em que
nasceu.
Um dos grandes
resultados da ignorância, também se reflete na política quando a população
exige dos seus dirigentes honestidade e amor a terra. Ora se eles nada
conhecem, ONDE ESTÁ O AMOR A TERRA?
Postado por
Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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