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terça-feira, 5 de agosto de 2014

“Condenaria a morte todos os coiteiros”, afirmou Agamenon


Nesta quinta-feira (31), há exatos 76 anos, em 31/07/1938, após saber da morte do cangaceiro Lampião, o seu conterrâneo e governador Agamenon Magalhães escrevia no seu jornal “Folha da Manhã”, sobre o tema cangaço dizendo que “é necessário uma legislação especial para combater o banditismo. Eu condenaria à morte, sumariamente, sem direito a recursos, nem perdão, todos os “coiteiros”, todos os que por covardia ou interesse guardaram, por tanto tempo, o mais terrível e cruel dos bandidos, esse, cuja cabeça a polícia acaba de cortar para oferecer ao estudo dos institutos médico-legais” e mais a frente concluir dizendo que, a morte de Lampião prova que “a civilização operou o milagre. E dentro em pouco, a memória das façanhas e das crueldades do cangaço não existirá mais, nem nas trovas dos cantadores do sertão”. Na época quando assumiu o governo de Pernambuco, Agamenon Magalhães mudou o nome da cidade de Vila Bela para Serra Talhada, voltando ao seu nome primitivo, em uma tentativa de repaginar o nome da cidade que estava muito ligada e associada aos cangaceiros e bandoleiros da região.

Fotografia do governador Agamenon Magalhães, que quando assumiu o governo de Pernambuco em 1937 alterou a denominação da cidade de Vila Bela para Serra Talhada, antigo nome da fazenda fundada por seu trisavô Agostinho Nunes de Magalhães no século XVIII. Com o serra-talhadense no governo o cangaço rumou para os estados vizinhos até que teve fim após a morte de Lampião, em 1938, e de seu sucessor Corisco, em 1940.

Já o cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, fez na ultima segunda-feira (28), exatos76 anos, em 28/07/1938, que o mesmo foi assassinado em pleno combate na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE), pela força volante do tenente João Bezerra da Silva, juntamente com outros companheiros do bando. Um dia antes, Lampião pediu ao coiteiro Pedro de Cândido para ir a cidade de Piranhas (AL) em busca de umas encomendadas, porém, aprisionado pela policia o coiteiro confessou o local onde o bando se encontrava e guiou toda a guarnição policial. O combate durou poucos minutos, e Lampião morreu atingindo por um tiro fatal disparado pelo volante Antônio Honorato, ao lado de sua amada companheira Maria Lopes de Oliveira, a Maria Bonita. O combate resultou ainda na morte dos cangaceiros Luiz Pedro, Quinta-Feira, Mergulhão, Eletrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete II e Macela, além, do soldado Adrião. As cabeças dos cangaceiros foram decepadas a golpe de facão e enviadas, depois de exibidas em cidades da região, para o Museu Nina Rodrigues, em Salvador (BA), onde passaram trinta anos até serem enterradas pelas famílias dos cangaceiros.


http://www.blogdeserratalhada.com.br/condenaria-a-morte-todos-os-coiteiros-afirmou-agamenon/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo16:22:00

    Combater o banditismo, eu também acho importante (assim como tantos outros acham), agora, "condenar à morte sumariamente, sem direito a recursos", alguém que por motivos que às vezes nem sabemos, apoiavam cangaceiros, acho temerário.
    Antonio Oliveira - Serrinha

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