Por Antonio Correia Sobrinho
Esta minha
incursão fiscal pela zona rural sergipana, levou-me hoje à Fazenda Calumby,
propriedade situada nos limites dos municípios de Capela e Muribeca, onde, em Julho de 1930, aconteceu o que o Jornal “O Correio de Aracaju” publicou na sua
edição de 30/07/1930, que trago abaixo para apreciação dos amigos.
O GRUPO DE
CORISCO NO MUNICÍPIO DE MURIBECA
CERRADO
TIROTEIO ENTRE OS BANDOLEIROS E A NOSSA POLÍCIA
Ontem à noite,
o grupo do perigoso bandoleiro alcunhado de Corisco invadiu o engenho Calumby,
a dois quilômetros de Muribeca, exigindo do seu proprietário, o jovem Luiz
Matos, a importância de 5:000$000.
Alegando não dispor, no momento, da quantia pedida, Luiz Matos solicitou licença ao chefe do bando para ir à propriedade de um seu cunhado, onde arranjaria os “cobres” exigidos.
Acontece que o digno lavrador, iludindo a vigilância dos bandoleiros se dirigiu às autoridades da Capela relatando todo o ocorrido.
De Capela partiu logo uma força sob o comando do sargento Ananias, que alcançou o engenho Calumby às 2 horas da manhã.
Houve, então, cerrado tiroteio entre os temíveis bandidos e os nossos policiais, que se portaram dignamente.
Aproveitando a escuridão da noite, Corisco e seus oito companheiros recuaram,
abandonando doze cavalos selados e outros objetos.
Foram capturados pela força policial três sujeitos desconhecidos que, ouvidos, declararam que eram presos de Corisco, que os obrigara a acompanhar o bando sinistro.
Juntamente com os nossos soldados tomaram parte ativa do combate travado, no engenho Calumby, os distintos moços Raul Vieira e Luiz Matos.
As autoridades de Capela e Muribeca agiram com muita correção, tomando todas as providências que os acontecimentos exigiram.
Amanhã, daremos outros pormenores sobre a estadia do grupo de Corisco no município de Muribeca.
Fonte: facebook
Página: Antônio
Corrêa Sobrinho O
Cangaço
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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