Por
Clerisvaldo B. Chagas
(Essa versão é
sustentada por uma das maiores fontes do cangaço que nos pediu para que não
colocasse o seu nome, por motivo de amizade com a família de Caiçara).
Por essa digna e insuspeita fonte, confirmada pelo saudoso batedor da tropa de Lucena, Manoel Aquino, homem de bem, que ouvira de seus colegas de farda. Como era um homem de princípios, Lucena recriminou duramente a Caiçara, mas assumiu a morte do senhor José Ferreira, uma vez que se achava responsável pelos atos dos seus comandados.
Existe uma versão
que diz que o volante Caiçara fora duramente recriminado pelo comandante, teve
sua farda rasgada, levado uma surra e expulso da polícia. A mesma fonte
inicial, que tinha fácil acesso a ambos, diz não conhecer essa versão. E que o
soldado Caiçara era perverso, mas Lucena gostava muito dele.
Depois da
polícia, Caiçara passou a ser sacristão do padre Bulhões e não antes. Ainda
como volante Benedito matou a pedradas um dos irmãos Porcino (José) ferido, em
uma das diligências de Lucena, e que nunca pertencera ao bando.
Quanto à morte
de Luís Fragoso, é sabido por todos, que Lucena não gostava de colecionar
prisioneiros. Ladrões em geral, especialmente ladrões de cavalos, assaltantes,
desordeiros, perturbadores da ordem pública, muitos foram executados em cova
aberta. A ordem para limpar o Sertão já vinha de cima.
Na morte de
José Ferreira não houve combate. Os três filhos mais velhos não estavam
presente. O depoimento de João e de Virtuosa são bens claros, explanados por
Vera Ferreira e Antonio Amaury.
Na versão de
Bezerra e Silva, houve forte tiroteio na fazenda Engenho. Além da morte de
José, ficou ferido Antônio Ferreira, na perna. Os Ferreira juntaram-se aos
Porcino, conduziram Antônio numa rede e com um grupo de 25 homens, partiram
para Pernambuco, pernoitando na vila Mariana. Pela manhã viajaram.
Lucena chegou à vila, tachou seus habitantes de coiteiros; os soldados ocuparam as ruas praticando absurdos e o comandante ainda andou seviciando pessoas (...)
Do meu livro
em parceria com Marcello Fausto “Lampião em Alagoas”, pág. 98-99.
Fonte peincipal: Matéria
transcrita, na íntegra, do Blog do Clerisvaldo
Foto da cruz ‘acervo Ivanildo Silveira’, a do Tenente Lucena não tinha registro.
Foto da cruz ‘acervo Ivanildo Silveira’, a do Tenente Lucena não tinha registro.
Fonte: facebook
Página: Sálvio SiqueiraO Cangaço
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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