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quinta-feira, 1 de junho de 2017

O COMBATE DE AREIAS DE PELO SINAL (PB)

Por  Geziel Moura

Dentre os diversos combates da saga de Lampião quero destacar, o ocorrido em Areias de Pelo Sinal (PB), pois este não teve grande visibilidade na literatura do cangaço, provavelmente, por ter acontecido logo após à invasão de Souza (PB), daí as narrativas sempre se reportarem a este acontecimento, e talvez por Lampião não está presente na ocasião do fogo, da mesma forma que em Souza.

Assim, temos nos escritores João Gomes de Lira, Marilourdes Ferraz, Sérgio Dantas e José Bezerra Irmão, narradores deste episódio, que ocorreu mais ou menos assim:

Após o ataque à cidade de Souza (julho de 1924), pelo bando de Lampião, sob o comando de Livino Ferreira, na medida em que, seu irmão estava se convalescendo, da lesão que sofrera no pé, no fogo da Lagoa do Vieira (PE), sendo que depois do assalto, o grupo de bandoleiros seguiram para o limite da Paraíba e Pernambuco, tendo há vários dias em seus rastos, as tropas dos sargentos Clementino Quelé e Higino Belarmino, incluindo diversos nazarenos nestas.

As volantes alcançaram os cangaceiros em agosto de 1924, em um lugar chamado Areias de Pelo Sinal, região de Princesa (PB), na casa do coiteiro Manoel Cazuza, em ato continuo, começou a fuzilaria, forçando os moradores da casa a se deitarem sob a cama.

O fato inusitado deste combate ocorreu, quando a polícia se aproximou da casa em que estavam acoitados os cangaceiros, que foi possível utilizar as torneiras (Orifício na parede, para introduzir o cano do fuzil, de dentro para fora de uma edificação, para atirar), da casa de modo inverso, isto é, quando os cangaceiros perceberam, era os policiais que introduziram suas armas nas torneiras de fora para dentro.

Os sentinelas dos cangaceiros atacaram a tropa, pela retaguarda, e conseguiram atingir mortalmente Gabriel de Souza. o Bié, caracterizando como a primeira perda, do grupo dos nazarenos, a morrer num combate com cangaceiros.

Os bandidos que estavam dentro da casa, liderado por Livino, conseguiram furar o cerco da polícia, utilizando como "Escudo Humano" uma mulher que era moradora da casa, e conseguiram fugir, deixando para trás o fruto do roubo realizado em Souza.

Fonte: facebook
Página: Geziel Moura
Grupo: Historiografia do cangaço
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