Por Geziel Moura
Dentre os diversos combates da
saga de Lampião quero destacar, o ocorrido em Areias de Pelo Sinal (PB), pois
este não teve grande visibilidade na literatura do cangaço, provavelmente, por
ter acontecido logo após à invasão de Souza (PB), daí as narrativas sempre se
reportarem a este acontecimento, e talvez por Lampião não está presente na
ocasião do fogo, da mesma forma que em Souza.
Assim, temos nos escritores João
Gomes de Lira, Marilourdes Ferraz, Sérgio Dantas e José Bezerra Irmão,
narradores deste episódio, que ocorreu mais ou menos assim:
Após o ataque à cidade de Souza
(julho de 1924), pelo bando de Lampião, sob o comando de Livino Ferreira, na
medida em que, seu irmão estava se convalescendo, da lesão que sofrera no pé,
no fogo da Lagoa do Vieira (PE), sendo que depois do assalto, o grupo de
bandoleiros seguiram para o limite da Paraíba e Pernambuco, tendo há vários
dias em seus rastos, as tropas dos sargentos Clementino Quelé e Higino
Belarmino, incluindo diversos nazarenos nestas.
As volantes alcançaram os
cangaceiros em agosto de 1924, em um lugar chamado Areias de Pelo Sinal, região
de Princesa (PB), na casa do coiteiro Manoel Cazuza, em ato continuo, começou a
fuzilaria, forçando os moradores da casa a se deitarem sob a cama.
O fato inusitado deste combate
ocorreu, quando a polícia se aproximou da casa em que estavam acoitados os
cangaceiros, que foi possível utilizar as torneiras (Orifício na parede, para
introduzir o cano do fuzil, de dentro para fora de uma edificação, para
atirar), da casa de modo inverso, isto é, quando os cangaceiros perceberam, era
os policiais que introduziram suas armas nas torneiras de fora para dentro.
Os sentinelas dos cangaceiros
atacaram a tropa, pela retaguarda, e conseguiram atingir mortalmente Gabriel de
Souza. o Bié, caracterizando como a primeira perda, do grupo dos nazarenos, a
morrer num combate com cangaceiros.
Os bandidos que estavam dentro da
casa, liderado por Livino, conseguiram furar o cerco da polícia, utilizando
como "Escudo Humano" uma mulher que era moradora da casa, e
conseguiram fugir, deixando para trás o fruto do roubo realizado em Souza.
Fonte: facebook
Página: Geziel Moura
Grupo: Historiografia do cangaço
Link: https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/?multi_permalinks=1777967479182422¬if_t=like¬if_id=1496169424240827
Clique no link e assista ao vídeo
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário