Por Geziel Moura
Estácio de
Lima foi personalidade valorosa, para diversos cangaceiros que cumpriram pena
na Penitenciária de Salvador, segundo ele, o cangaceiro não nascia com a índole
criminosa, era portanto, resultado da junção complexa de diversos elementos, no
campo social, antropológico e até biológico, sem defender as teorias da
Frenologia ou Lombrosiana, as quais se opunha.
Na qualidade
de Presidente do Conselho Penitenciário do Estado da Bahia, na época das
entregas de cangaceiros, e que foram para aquela casa de detenção, ele
favoreceu o relaxamento de prisões de muitos cabras de Lampião, dentre eles:
Labareda, Saracura, Deus-te-Guie, e até mesmo Dadá, que cumprira cerca de 2
anos de detenção, após a morte de Corisco.
É possível
flagrar, que tais ex-cangaceiros, carregavam certa dose de agradecimento, ao
catedrático da Faculdade de Medicina da Bahia e Diretor do Instituto Médico
Legal Nina Rodrigues, em que era responsável pelo museu de mesmo nome, local
que ficou exposto as cabeças de Lampião, Maria Bonita e Corisco, juntamente com
os cangaceiros mortos na Lagoa do Lino.
Aliás, por
tais exposições, que perdurou até 1969, Estácio Lima comprou briga com a
família de Lampião e Corisco, por meio dos jornais, revistas, campo político e
jurídico, para que as cabeças fossem sepultadas, e deixassem de uma vez por
todas, aquela exposição macabra, no Museu Nina Rodrigues.
Apesar disto,
tal discordância, em nome da ciência, como dizia ele, não se vê a memória de
Estácio Lima manchada por este movimento, mas o respeito que os cabras tinham,
principalmente, em Labareda, Volta Seca, Saracura e Dadá, no Pós Cangaço.
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