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quarta-feira, 21 de março de 2018

ESTÁCIO DE LIMA

Por Geziel Moura

Estácio de Lima foi personalidade valorosa, para diversos cangaceiros que cumpriram pena na Penitenciária de Salvador, segundo ele, o cangaceiro não nascia com a índole criminosa, era portanto, resultado da junção complexa de diversos elementos, no campo social, antropológico e até biológico, sem defender as teorias da Frenologia ou Lombrosiana, as quais se opunha.


Na qualidade de Presidente do Conselho Penitenciário do Estado da Bahia, na época das entregas de cangaceiros, e que foram para aquela casa de detenção, ele favoreceu o relaxamento de prisões de muitos cabras de Lampião, dentre eles: Labareda, Saracura, Deus-te-Guie, e até mesmo Dadá, que cumprira cerca de 2 anos de detenção, após a morte de Corisco.


É possível flagrar, que tais ex-cangaceiros, carregavam certa dose de agradecimento, ao catedrático da Faculdade de Medicina da Bahia e Diretor do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, em que era responsável pelo museu de mesmo nome, local que ficou exposto as cabeças de Lampião, Maria Bonita e Corisco, juntamente com os cangaceiros mortos na Lagoa do Lino.


Aliás, por tais exposições, que perdurou até 1969, Estácio Lima comprou briga com a família de Lampião e Corisco, por meio dos jornais, revistas, campo político e jurídico, para que as cabeças fossem sepultadas, e deixassem de uma vez por todas, aquela exposição macabra, no Museu Nina Rodrigues.


Apesar disto, tal discordância, em nome da ciência, como dizia ele, não se vê a memória de Estácio Lima manchada por este movimento, mas o respeito que os cabras tinham, principalmente, em Labareda, Volta Seca, Saracura e Dadá, no Pós Cangaço.

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