Por João Filho de Paula Pessoa
Em incerto tempo, Lampião descansava com seu bando de uma longa caminhada, em
um local da caatinga de uma região que ainda pouco conhecia. Durante este
descanso ouviram um som estranho, vindo de longe, trazido pelo vento, que
parecia uma cantoria acompanhada por batidas de tambor, isso causou muita
estranheza e curiosidade em Lampião, que resolveu averiguar do que se tratava
aquela toada estranha vindo do meio dos matos de seu sertão.
Aproximou-se
sorrateiramente e encontrou alguns fiéis do candomblé em torno de um pai de
santo, um homem negro em vestes brancas, com um “trabalho” à sua frente,
composto de uma galinha sacrificada, algumas velas e outros objetos.
Lampião
espantou-se com aquilo, temeroso em suas superstições e radical em suas
crenças, acabou com aquela reunião religiosa, mandando parar aquela música e
dispersando os fiéis, mandando-os correr dalí em nome da Virgem Maria e do Pe.
Cícero e obrigou o velho Pai de Santo comer a galinha sacrificada, advertindo-lhe
para não mais repetir aquele tipo de religião e que não queria mais encontrá-lo
no sertão. Pôs seu escapulário na mão, fez o sinal da cruz e partiu.
João Filho
de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 11/03/2020.
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