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segunda-feira, 1 de junho de 2020

A SOLIDÃO DE ABRAÃO.



Benjamim Abraão o sírio-libanês que documentou Lampião e o Cangaço em filmes e fotos em 1936, deu uma inestimável contribuição para a história do cangaço, morreu dois anos após seu encontro com Lampião, em Maio de 1938, poucos dias antes da morte de Lampião. 

Morreu na Vila de Pau Ferro (Águas Belas/Pe), onde morava sozinho numa pensão, estava pobre, endividado e sem amigos. Numa noite comum, foi emboscado num beco escuro, durante uma breve falta de energia ocorrida no vilarejo e levou 42 facadas, sem nenhuma chance de sobrevivência. 

Ninguém foi preso, existindo três versões para sua morte, uma é que seria um vingança de um marido ciumento, portador de deficiência física. Outra seria por vingança de uma ofensa feita à um morador local. E a última teria sido morto pela polícia em uma operação sigilosa. 

Foi enterrado solitariamente sem nenhum glamour, mérito, choro ou comoção e em sua missa de sétimo dia, estava tão somente o padre, que rezou sozinho para aquela importante, mas desprezada e solitária alma. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 21/01/2020.


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