Clerisvaldo B. Chagas, 22 de junho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.329
(FOTO: MINFRA) |
Três coisas irritantes na administração pública deixam os contribuintes e eleitores desolados, revoltados e enraivecidos Estamos nos referindo às obras física nas três esferas do Poder Executivo. Primeira, prometer e jamais realizar; segunda, iniciar e deixar pela metade (obras inacabadas); terceira, tempo de espera de obra anunciada prematuramente. Focando no segundo item, temos a obra do viaduto na BR-101 com a BR-316, trecho São Miguel dos Campos – Rio Largo. O monstrengo viaduto, sem pé nem cabeça, causava espanto a quem trafegasse pelo “trevo da morte”. Difícil é saber quantas unidades do transporte pesado passam por aquele entroncamento diariamente.
Carretas, caminhões não param indo e voltando do Recife e Sul do Brasil. Quem mora e não sai de Maceió, não conhece a loucura da sua movimentação. Mas o viaduto prometido assombrava como esqueleto sem as duas cabeça. Era motivo não só de revolta, mas também de piadas grosseiras dos motoristas clientes do trevo. Vacilou, morreu! Ultimamente, porém as obras recomeçaram vigorosamente, dando um alento aos incrédulos da política brasileira. Saindo de refúgio de mendigos, drogados e malfazejos, a mula sem cabeça parece alcançar sua vitória. Entre o viaduto de Maceió na PRF e o do entroncamento do interior, este chegou primeiro no final da novela do descaso. Finalmente após muitos suspiros e bananas simbólicas foi inaugurado trecho de duplicação ali perto e visitada a obra em fase conclusiva.
Nessa pandemia não rodamos mais na região, todavia, foto do novo viaduto mostra que a obra já desenganada, ficou bela e parece formar o número oito em seu entorno. Mais segurança para as rodovias brasileiras e a grande importância da BR-316 e BR-101. Como todo grande empreendimento, já estamos imaginando a atração que será exercida para inúmeros investimentos particulares nas suas imediações. Mesmo causando dor de dente antes achamos que a obra merece parabéns aos que lutaram por ela. Caso fossem consertadas todas essas mazelas federais, talvez as obras dos estados e as municipais prometidas também estivessem no espocar e no brilho dos foguetórios.
E as pontes prometidas sobre o rio São Francisco? Rhumm!...rhum... Tosss.... tossss. A duplicação da rodovia Arapiraca até Olho d’Águas das Flores, parece coisa boa. Esperemos sem apostas.
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