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sexta-feira, 25 de junho de 2021

AMOR, TRAIÇÃO E MORTE NO CANGAÇO:

Por Volta Seca

A traição sexual ao marido era punida com a pena de morte. Já o traído poderia, como vingança, matar o “fura olho”. Ao confessar que traiu o marido, Zé Baiano, com o comparsa Bem-te-vi, Lídia, considerada a mais linda das cangaceiras, foi julgada e condenada pelo Tribunal do Cangaço, sendo executada a pauladas pelo próprio ofendido. 

Já Coqueiro foi morto de imediato a mando de Lampiao, bem-te-vi escapou mato adentro, não sendo mais visto. Zé Baiano ficou temporariamente enlouquecido, amarrou Lidia em um pé de árvore, e passou a noite ao lado, pela manhã executou de cacete, logo após cometer o crime brutal contra a mulher pela qual se dizia apaixonado, Zé Baiano chorou. 

Em um outro caso semelhante, Lili foi morta a tiros por Moita Braba. A última ocorrência que teve a traição conjugal como causa ocorreu em 1937, tendo Cristina, cangaceira alta e vistosa, como vítima. Companheira do bandoleiro Português, ela foi acusada de tê-lo traído com Gitirana, membro do sub-grupo comandado por Corisco. Levada a julgamento – que teve Maria Bonita como implacável defensora da pena de morte – Cristina foi condenada e executada pelos cangaceiros Juriti e Luis Pedro. 

Já Gitirana, defendido por Corisco, deixou o bando sem punição. Décadas depois do fim do cangaço, a ex-cangaceira Aristeia, num histórico depoimento que pode ser conferido no YouTube, revelou que Cristina era inocente. Segundo ela, a história da traição fora inventada pela cangaceira Quitéria, então mulher de Pedra Roxa, que estaria interessada em Português, e que, com o consentimento do ex-marido, acabou por ficar com ele após a execução de Cristina.

(FONTE, REPORTER NORDESTE, EM 16-12-2020).

OBS: AS FOTOS SÃO CRISTINA E QUITERIA:

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