Por Antônio Morais.
O sinal para o
fim do Caldeirão começou com a morte do Padre Cicero no dia 20 de Julho de
1934, aos 90 anos. A igreja católica reivindicou os seus bens e uniu-se as
elites para destruir a comunidade.
Em 1936, uma reunião, em Fortaleza, de representantes da Diocese do Crato, da Ordem dos padres Salesianos, da Liga Eleitoral Católica, do Deops, da Policia Militar e do Governo do Ceará, buscava um pretexto para pôr o fim da comunidade.
Estavam todos assombrados pelo fantasma de Canudos, onde o exército brasileiro fora seguidas vezes derrotado, até que, em l.897, promoveu o massacre de milhares de camponeses. Os participantes alegaram, também, o risco de o Caldeirão cair nas mãos de líderes marxistas.
O ataque foi definido, mas na hora da invasão o beato José Lourenço fugiu a Floresta da Chapada do Araripe.
De lá fugiu para o Exu onde veio a falecer em 1946 vítima de peste bubônica. Na morte a humilhação final. Seus seguidores carregaram o caixão por 70 km a pé até Juazeiro do Norte. Monsenhor Joviniano Barreto disse que não celebrava missa para bandido e não permitiu a entrada do corpo na capela.
Os seguidores
então enterraram o corpo no Cemitério do Socorro. O beato José Lourenço
sobreviveu a tudo e hoje é referência de resistência popular e como defensor
das mais simples aspirações do povo nordestino: a de fazer brotar a paz e
fartura do solo árido do sertão.
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