Por José Mendes Pereira
A literatura lampiônica diz que, segundo Guilherme Alves, o famoso ex-cangaceiro Balão, afirmou para alguns historiadores que este senhor de coronel Petronilo Reis, comprou propriedades juntamente com o capitão Lampião, e em vez de fazer escrituras nos nomes dos dois, como proprietários, usou a sua sabedoria, registrando somente no seu nome. O capitão lampião não gostou nem pouco, e prometeu matá-lo, mas a morte não aconteceu, porque o coronel deu no pé, em busca das Alagoas.
Veja o que disse o cangaceiro Balão:
" - Lampião havia comprado as terras em sociedade com um tal de Petronilo de Alcântara Reis: Tronqueira, Cachoeirinha, Formosa. Mas Petronilo as registrou apenas em seu próprio nome. Lampião zangou-se. Eu mesmo ajudei a matar muito gado a tiro, na Cachoeirinha. Petronilo fugiu para Alagoas".
Leia o que fala o escritor João de Sousa Lima sobre os dois patenteados, coronel Petronilo de Alcântara Reis (Petro), e Virgolino Ferreira da Silva (o capitão Lampião):
O ATAQUE DE LAMPIÃO AO CORONEL PETRONILO REIS.
Quando em 1928 Lampião cruzou o Rio São Francisco saindo de Pernambuco pra Bahia, um dos primeiros contatos foi com o coronel Petronilo de Alcântara Reis, "Petro". Era o chefe político de Santo Antônio da Glória, cidade hoje submersa pelas barragens do Rio São Francisco.
Vários livros contam que a amizade de Lampião com o coronel foi desfeita por que o coronel traiu Lampião, teriam os dois uma sociedade em terras e animais.
Quando houve a batalha que morreu Ezequiel, irmão mais novo de Lampião, fato acontecido na Baixa do Boi, em Paulo Afonso, Lampião encontrou em um dos bolsos de um policial morto no combate, um bilhete do coronel endereçado ao comandante da volante e o bilhete falava dos esconderijos dos cangaceiros. Lampião arquitetou sua vingança incendiando em torno de 18 fazendas do coronel. Começando de Glória, cruzando o Raso da Catarina, Lampião tocava fogo e matava os animais.
Dessas fazendas a única que permanece de pé é a fazenda Paus Pretos. Antes Paus pretos pertencia a cidade de Curaçá e hoje pertence a Chorrochó. Em Paus Pretos ainda resta os tornos de madeira com marcas escuras do fogo.
A fazenda é administrada por Paulo Reis, neto do coronel. Nas cheias forma-se um açude com sete quilômetros de extensão, no momento o açude encontra-se seco. Na casa sede da fazenda Lampião prendeu o vaqueiro Agostinho e o fez entrar dentro do curral e pegar na mão um cavalo e o vaqueiro conseguiu depois de muito trabalho.
Em 1928 quando Lampião atravessou pro estado da Bahia a região que fica dentro do Raso da Catarina foi muito explorada pelos cangaceiros. a primeira missa que os cangaceiros assistiram no estado baiano foi ministrada pelo Monsenhor Emílio de Moura Ferreira Santos. o padre era o pároco de Santo Antônio da Glória, a antiga Curral dos Bois.
O povoado São José, em Chorrochó foi uma das localidades que os cangaceiros também assistiram missa. Mais a primeira que foi celebrada pelo Monsenhor Emílio aconteceu entre a fazenda Paus Pretos, que pertencia ao coronel Petro e a roça Baixa do Boi. A missa foi na casa Júlia de 'Subaco', na fazenda poço Comprido.
http://lampiaoaceso.blogspot.com/2013/05/joao-na-pisada-do-cangaco.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário