Por Adelsomota
Filho de um
padre e uma escrava, um gênio da engenharia, construidor de estradas,
Ferrovias, portos, desbravou a Chapada Diamantina, construiu a estrada, Morro
do Chapéu, a Barra do Rio Grande, hoje Barra, cortando o Sertão e integrando a
Chapada Diamantina, aos sertões, atuou em nossa região, foi convocado pelo
imperador em inúmeras missões, aqui no estado de, São Paulo. Elaborou o sistema
de abastecimento de águas da Cantareira, hoje sistema cantareira de águas e
abastecimentos, coordenou o sistema de Saneamento da Capital, construiu
juntamente com seu primo, André Rebouças, a Ferrovia, Curitiba a Paranguâ no
estado do Paraná, assim como o próprio porto de, Paranguâ seu nome está
eternizado em nomes de, ruas e cidades em, São Paulo, Bahia, Paraná, Theodoro
Fernandes Sampaio, AdelsoMota, Memorialista(segue seu histórico, O Dr. Teodoro
Fernandes Sampaio (1855-1937) foi um Engenheiro, Geógrafo e Linguista Baiano.
Nascido no
Engenho Canabrava, Bahia, pertencente ao visconde de Aramaré, (hoje localizado
no município baiano de Teodoro Sampaio) era filho da escrava Domingas da Paixão
do Carmo e do padre Manuel Fernandes Sampaio.
Foi alforriado
assim que nasceu, educado pelo pai, estudou nas melhores escolas da Bahia do
educador Abílio César Borges, Barão de Macaúbas e no Colégio Central da Bahia.
Aos 23 anos, se forma no curso de Engenharia da Escola Politécnica do Rio de
Janeiro em 1878, sendo ainda contratado como desenhista do Museu Nacional.
No mesmo ano
visitou a mãe, já liberta da Escravidão e os irmãos, comprando, no ano
seguinte, a carta de alforria de seu irmão Martinho, gesto que repete com os
irmãos Ezequiel (1883) e Matias (em 1885).
Em 1880 integra
a "Comissão Hidráulica", nomeada pelo imperador Dom Pedro II, sendo o
único engenheiro brasileiro entre norte-americanos. Também realizou o trabalho
de prolongamento da linha férrea de Salvador ao São Francisco (1883)
Sendo um
amante das ciências, o próprio Imperador Dom Pedro II fazia consultas com
Sampaio acerca da Flora e da Fauna Brasileira, discutiam acerca de vários temas
da cultura brasileira, em especial sobre a linguística dos índios Tupi. Na área
da linguística, escreveu sobre a influência do tupi na língua portuguesa falada
no Brasil com a obra "O Tupi na Geographia Nacional" (Sampaio 1901)
A convite de
Orville Derby, que conhecera numa expedição aos sertões sanfranciscanos,
participa da Comissão Geográfica e Geológica que realiza primeira medição de
base geodésica do Brasil sendo esta executada no Estado de São Paulo em 1889.
Ali, dentre outras realizações, participa em 1891 da Companhia Cantareira
(engenheiro-chefe), é nomeado Diretor e Engenheiro Chefe do Saneamento do
Estado de São Paulo (de 1899 a 1904).
Foi, em 1894,
um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; membro do
Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (1898), que presidiu em 1922; sócio
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1902). Participou da fundação
da Escola Politécnica, como parte da comissão do governo estadual composta por
ele e Francisco Sales de Oliveira cujo resultado foi a lei de fundação da
instituição, em 1893
Teodoro
Sampaio, filho de uma escrava negra, foi um dos maiores pensadores brasileiros
de seu tempo. Engenheiro por profissão, legou-nos uma bibliografia de vasta
erudição geográfica e histórica sobre a contribuição das bandeiras paulistas na
formação do território nacional, entre outros temas. Igualmente digna de
consideração foi sua contribuição ao estudo de vários rios brasileiros, de
pinturas rupestres em sítios arqueológicos nacionais, do tupi na geografia
brasileira e da geologia no País. Neste campo, a geologia brasileira,
participou de momentos marcantes, como a expedição de Orville Derby ao vale do
rio São Francisco e de comissões específicas. Além disso, foi grande amigo de
Euclides da Cunha, e auxiliou o escritor com conhecimentos sobre o sertão
baiano na elaboração do livro Os Sertões.
Seu nome
figura na memória intelectual do País ao lado de Capistrano de Abreu, Joaquim
Nabuco, Nina Rodrigues e outros do mesmo patamar. Em sua memória, foram
batizados dois municípios brasileiros (na Bahia e em São Paulo) e também uma
importante rua da cidade de São Paulo)
Fonte: Baianos
Ilustres, Antônio Loureiro de Souza, Salvador, 1949. /História de D Pedro II -
Página 710 de Pedro Calmon.
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