Por Silas Cabral de Lima Filho
Há 98 anos, no
dia 26 de Novembro de 1926, acontecia o que para muitos foi o maior combate de
toda a história do cangaço.
Chefiados por Virgulino Ferreira da Silva, o vulgo Lampião, seu irmão Antônio Ferreira, seu braço direito, Sabino das Aboboras, ou Sabino Gomes, e demais cangaceiros, atraíram as forças volantes, que estavam em seu encalco, para uma emboscada na Serra Grande.
Com uma posição privilegiada, por estar em terreno alto na serra,
os cangaceiros esperavam as volantes que decidiam se iam subir a serra com 260
soldados ,pois sabiam que eram uma emboscada. Entre as fileiras das Volantes se
destacavam o Tenente Higino, que tinha um plano de arrodear a serra e pegar os
cangaceiros pela retaguarda. Contudo, os outros comandantes de volantes,
Sargento Arlindo Rocha e Cabo Manoel Neto, foram contra. Manoel Neto teria dito
que "veio pra brigar e queria brigar logo". Arlindo Rocha teria dito
que já iria subir porque iria "almoçar bala". O combate começou as
8:45 da manhã e terminou quase as 18:00 horas. Foi um desastre para as forças
volantes. Manoel Neto teve as pernas varada de bala e Lampião teria dito:
"PERDEU A FAMA CACHORRO AZEDO !" Mesmo carregado, Manoel Neto não
parava de atirar. Arlindo Rocha recebeu um balaço na mandíbula e "almoçou
bala" como teria dito. Esse ferimento fez com que mais tarde Arlindo
reestruturasse sua mandíbula com metais, o que lhe rendeu apelido de
"mandíbula de prata". Outros soldados sucumbiram e muitos escaparam
baleados. Há relatos de soldados com o bucho varado e com os intestinos na mão.
Do lado dos cangaceiros ninguém morreu e Lampião ganhou fama de invencível.
Contudo, depois deste combate, praticamente nada mais deu certo nos objetivos
de Lampião até que em Agosto de 1928 o mesmo atravessa o Rio São Francisco para
o lado da Bahia para começar uma nova fase do cangaço.
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