Por Valdir José Nogueira de Moura
No dia 15 de outubro de 1907 foi assassinado de emboscada o coronel Manoel Pereira da Silva Jacobina (Padre Pereira), vítima de torpe vingança dos Carvalhos. O crime aconteceu quando ele, de sua fazenda Poço da Cerca, a cavalo, encaminhava-se para a feira do vilarejo São Francisco. Três tiros de carabina, disparados de um serrote próximo, fizeram-no tombar da montaria e rolar pelo chão. No momento da fatal emboscada, sua esposa, dona Chiquinha, Francisca Pereira da Silva (filha do Barão do Pajeú), ouviu o estampido dos tiros, mesmo com o aviso feito por Joaquim Anselmo Maranhão. Ela então correu em direção ao local do crime, alcançando o seu marido ainda com vida, porém, sem conseguir mais dizer nenhuma palavra. Naquele instante dona Chiquinha dirigiu-se para José Ildefonso e pediu para chamar os seus filhos e familiares.
O Padre Pereira tombou ferido com três balas e trinta caroços de chumbo. As balas pegaram duas no braço e uma abaixo do peito direito, saindo duas na região renal e atingindo um caroço de chumbo o olho direito. No local do crime, foram identificadas pegadas e rastros de três pessoas diferentes, sendo uma descalça e duas de alpercatas.
A este assassinato seguiu-se no dia 18 de outubro de 1907, o assassinato de Joaquim Barbosa Nogueira (irmão de João Nogueira) na sua fazenda Barra, município de Vila Bela bem como o ataque a João Barbosa Nogueira e seu filho José Alves Nogueira em suas respectivas fazendas Serra Vermelha e Mata do Pato, onde grupos armados incendiaram cercas, casas, além de outros estragos bem mais violentos.
Ao assassinato de Joaquim Nogueira e danos causados nas propriedades Serra Vermelha e Mata do Pato, seguiu-se em 21 de outubro do mesmo ano, o assassinato de Eustáquio Gomes de Sá Carvalho em sua fazenda Catolé no município de Belmonte. Este senhor era cunhado de David Bernardino e tio de Marôta, esposa de Antônio Quelé. Pelas nove horas da manhã, Eustáquio estava numa cacimba dando água aos bodes quando foi surpreendido por um grupo composto de doze homens dentre os quais Pedro de Dona, Pedro Valões, Pedro Santa Fé, João Pereira da Silva e Francisco. Eustáquio Carvalho levou o primeiro tiro do cabra Pedro de Santa Fé, recebendo depois mais um tiro e seis punhaladas. Em seguida o cadáver daquele senhor foi envolto em uma rede e levado para a Vila de Belmonte para exame cadavérico e ser sepultado. Às nove da noite o cortejo fúnebre passou no terreiro da casa do velho Joaquim Lucas de Barros na fazenda Serrote seguindo também este senhor com os demais para Belmonte. Sob um clima tenso e inseguro o defunto foi velado na casa do velho Mané Cabeludo (Manoel Nunes de Barros), onde hoje é a casa de Edvirgens Gomes de Marins, tabeliã do 2º ofícios de Notas da Comarca de São José Belmonte.
O exame cadavérico da vítima foi procedido pelo senhor Antônio Luiz de Sena Cavalcanti, delegado de Polícia de Belmonte, com os peritos Augusto Nunes da Silva e Manoel Sobreira de Moura.
Aos 56 anos de idade, Eustáquio Gomes de Sá Carvalho foi então sepultado no cemitério de Belmonte na tarde do dia 22 de outubro de 1907.
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Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima.
As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
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