Por Edna Araújo
Um olhar de justiça.
era dos chacais.
No acinzentado das caatingas
Onde a miséria e a fome ia fazendo suas feridas não só na pele, mas história e na barriga vazia de nossa gente nordestina.
Cabeças valiam ouro, a vida...
nada valia.
Para alguns o sopro de existência era ouro de tolo; viver ou morrer... pura consequência .
Havia um Capitão que honrou sua patente .
Sua missão era combater o crime, honrando a justiça, dando uma segunda chance para aquela gente.
de vida errante...
Foi em Jeremoabo, na Fazenda Nova...
no dia19 de outubro de 1938.
Poderia ele, ter aberto fogo, alegando legítima defesa..
Matando todos os sobreviventes de Angico...
Como fazia os atrozes em busca de recompensa e riqueza.
Mas preferiu agir de boa fé, como era sua natureza...
Negociou pacificamente as entregas.
Seu nome, Capitão Anibal Ferreira.
Sua lei não era o fio da navalha, nem o trio certeiro que a carne rasgava.
Quando os chacais saiam a procura do extermínio dos sobreviventes no pós-cangaço...
com a morte de Lampião,
Muitos na desculpa de justiça fazer...
Matandndo, decaptando por recompensa e promoção.
Ia deixando para trás um rastro de sangue.
corpos mutilados...
Esse servo da lei, procurava reeintegrá-los
à sociedade.
Capitão Anibal combateu o cangaço como deveria ter sido...
Fazendo justiça à sua farda, mostrando lealdade.
Foram muitos os cangaceiros, que ele, deu a chance de cumprirem suas penas, grantindo-lhes a vida.
Tendo o direito que a muitos outros foram negados.
Tendo suas cabeças para negócio, virando um comércio macabro.
Fica o registro desse verdadeiro homem da lei, que fez da justiça, seu maior legado.
Capitão Anibal Ferreira, bravura, amor à farda...
Cumpriu seu dever...
Se não fosse seu jeito justo, de justiça fazer...
Não teríamos histórias de ex-cangaceiros...
Nem páginas de livros sobre o tema do pós-cangaco para escrever.
O justiceiro do sertão, da guerra famigerada entre volantes e cangaceiros
Em que a regra era clara:
sobreviveria aquele que primeiro
atirava.
Surguiu nesse fio da navalha o grande guerreiro.
Esse nome, da história dos valentes combatentes, jamais seja esquecido ou apagado.
Que o ostracismo histórico, lhe seja negado.
Edna Araújo
https://www.facebook.com/groups/471177556686759/?locale=pt_BR
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:
Postar um comentário