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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

BRINCADEIRA DE AMAR AMAR (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

BRINCADEIRA DE AMAR AMAR

Lembro, menino ainda, brincava de rimar com você, brincadeira de amar amar, que jamais esqueci até dias atrás quando você me deu adeus e disse não querer mais rimar.

Mas não esqueço não e qualquer dia hei de rimar novamente, pois era rima tão bonita que deixava coração todo contente. Eu falava e perguntava e você respondia:

Quantos anos você tem?
Doze moedas e um vintém.
Ainda brinca de boneca?
Brinco, mas sou sapeca.
Eu já guardei meu brinquedo...
Isso não é segredo.
Por que você me diz isso?
Quando o coração tá rebuliço.
Não tô entendendo nada...
Seu caminho é outra estrada.
Estrada pra ir aonde?
Seu coração é quem responde.
Quer conhecer meu coração?
Outro dia, agora não...
Quero mostrar o que ele sente.
E dele me dar um presente?
Você já sabe o que quero.
Um pouquinho do que espero.
Meu coração é tão carente...
Isso a gente pressente.
Tenho até pena dele.
Procure alegrar ele.
Só amando ele vai sorrir...
E a tristeza partir...
Você já sabe o que é o amor?
Nunca experimentei desse sabor.
Não quer experimentar?
Quando um amor eu encontrar.
Mas eu sou tão sozinho...
Vou pelo mesmo caminho.
Então venha pra minha estrada.
Já cheguei na noite enluarada...
Mas não vi você chegar.
Porque agora é que veio o despertar...
Então vamos namorar?
Que resposta eu posso dar?
Diga que me ama também.
Na missa se diz amém...
Então você me ama?
Até o fogo apagar a chama.
Então posso lhe beijar?
Se o meu lábio encontrar...
Mas você está aí.
Não sei, não me vi.
Então sou o seu espelho.
Me abraçar é o que aconselho.
Pra lhe sentir mais de perto?
Pra me tirar do deserto...



Rangel Alves da Costa
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

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