Ano
novo, vida nova, diz o povo, mas o de 1852 não começou de modo diferente para
as gentes das cercanias do douro.
A quadrilha do Zé do telhado continuava a ser o terror dos ricos e remediados, e
temia-se que um golpe grande estivesse para ocorrer.
A morte do senhor da
Casa do Carrapatelo naquele dia tão falado na feira de Marco de Canavezes, chegou
aos ouvidos de um elemento do bando, e, de pronto, aos do chefe
bandoleiro.
Dizem que deixou mais de mil cruzados em ouro. Franquia mais que suficiente, para que José Teixeira de Matos, o Zé do Telhado arriscasse mais
uma sortida com o produto da qual poderia saciar o apetite dos seus
homens.
Acertou-se tudo. Nada parecia ter sido deixado ao acaso. A minucia e
a prudencia, presidiram ao planejamento do assalto. Uma meia dúzia de dias foram
suficientes para que tudo estivesse pronto.
A espera até era benéfica, que assim
a maior parte da família convocada para o velório, já estaria de volta a suas
casas. Somente os criados e as fidalgas estariam na casa do Carrapatelo.
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