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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O CANGAÇO LAMPIÃO E SEU "PAPO DE EMA" - ACESSÓRIO INSEPARÁVEL


Foto: O CANGAÇO

LAMPIÃO E SEU "PAPO DE EMA" - ACESSÓRIO INSEPARÁVEL

Texto: Nertan Fernandez (Livro: Cinco histórias sangrentas de Lampião - páginas 42 e 43)

"...Nem sempre perpetrava Lampião simples matança sem sentido. O objetivo maior dos seus assaltos era o Saque e a pilhagem. Lampião gostava de ouro, e foi enriquecendo até que se tornou lendária a sua fortuna. Com efeito, durante a sua longa vida de crimes, ele roubou fazendas e povoados, até cidades. Levou muitos milhares de contos de réis dos velhos cofres sertanejos, e moedas de ouro avaramente amealhadas por Coronéis riquíssimos em suas fazendas antigas.

A fama da sua riqueza atraía novos adeptos ao bando, e também estimulava o desejo de perseguição no espírito dos soldados da volante. Todos queriam botar a mão no seu famoso PAPO-DE-EMA. E o Papo-de-Ema era um pé de meia que Lampião carregava consigo, durante todo o tempo, costurado as vestes de seu próprio corpo.

Guardadas nessa misteriosa bisaca de pano, o chefe do cangaço levava centenas de notas de quientos mil Réis, que naquele tempo representava verdadeira fortuna. As moedas roubadas ele as distribuia com os companheiros, com as mulheres do bando, e com os pobres que lhe faziam pedidos de esmolas no meio das estradas. Estranha generosidade a do bandido caolho, que com uma das mãos saqueva comerciantes e com a outra distribuia favores.

Lampião era, antes de tudo, um fascínora sertanejo, um amealhador terrivel de riquezas roubadas. Conta o escrivão José de Arimatéia que além do seu transportável Papo-de-Ema o chefe do cangaço tinha, em alguma parte do interior baiano, um esconderijo cheio de ouro...

Vê-se, na foto acima, Lampião pagando um coiteiro, utilizando, ao que tudo indica, a bolsa "Papo-de-Ema ", onde guardava só cédulas graúdas.

Essa foto foi feita em 1936, pelo árabe Benjamin Abrahão, no momento em que Lampião estava pagando a um coiteiro. Logicamente, para preservar a identidade do homem, a foto foi feita com ele de costas.

Quanto aos dois cangaceiros, que aparecem na foto são Juriti (ao fundo), e Sabonete (sentado).
Quanto aos dois cangaceiros que aparecem na foto são Juriti (ao fundo), e Sabonete (sentado).

"...Nem sempre perpetrava Lampião simples matança sem sentido. O objetivo maior dos seus assaltos era o Saque e a pilhagem. Lampião gostava de ouro, e foi enriquecendo até que se tornou lendária a sua fortuna. Com efeito, durante a sua longa vida de crimes, ele roubou fazendas e povoados, até cidades. Levou muitos milhares de contos de réis dos velhos cofres sertanejos, e moedas de ouro avaramente amealhadas por Coronéis riquíssimos em suas fazendas antigas.

A fama da sua riqueza atraía novos adeptos ao bando, e também estimulava o desejo de perseguição no espírito dos soldados da volante. Todos queriam botar a mão no seu famoso PAPO-DE-EMA. E o Papo-de-Ema era um pé de meia que Lampião carregava consigo, durante todo o tempo, costurado as vestes de seu próprio corpo.

Guardadas nessa misteriosa bisaca de pano, o chefe do cangaço levava centenas de notas de quinhentos mil Réis, que naquele tempo representava verdadeira fortuna. As moedas roubadas ele as distribuía com os companheiros, com as mulheres do bando, e com os pobres que lhe faziam pedidos de esmolas no meio das estradas. Estranha generosidade a do bandido caolho, que com uma das mãos saqueava comerciantes e com a outra distribuía favores.

Lampião era, antes de tudo, um facínora sertanejo, um amealhador terrível de riquezas roubadas. Conta o escrivão José de Arimatéia que além do seu transportável Papo-de-Ema o chefe do cangaço tinha, em alguma parte do interior baiano, um esconderijo cheio de ouro...

Vê-se, na foto acima, Lampião pagando um coiteiro, utilizando, ao que tudo indica, a bolsa "Papo-de-Ema ", onde guardava só cédulas graúdas.

Essa foto foi feita em 1936, pelo árabe Benjamin Abrahão, no momento em que Lampião estava pagando a um coiteiro. Logicamente, para preservar a identidade do homem, a foto foi feita com ele de costas.

Quanto aos dois cangaceiros, que aparecem na foto são Juriti (ao fundo), e Sabonete (sentado).

Texto: Nertan Fernandez (Livro: Cinco histórias sangrentas de Lampião - páginas 42 e 43)

Página do facebook: Geraldo Júnior 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo10:10:00

    Notamos aí caro Mendes, a precaução do cangaceiro ao entregar as cédulas ao coiteiro, o cidadão está de costas, evitando ser reconhecido. São as estratégias do rei do cangaço.
    Antonio José de Oliveira - Serrinha - Bahia

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