Quanto
aos dois cangaceiros que aparecem na foto são Juriti (ao fundo), e Sabonete
(sentado).
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"...Nem sempre perpetrava Lampião simples matança sem sentido. O objetivo
maior dos seus assaltos era o Saque e a pilhagem. Lampião gostava de ouro, e
foi enriquecendo até que se tornou lendária a sua fortuna. Com efeito, durante
a sua longa vida de crimes, ele roubou fazendas e povoados, até cidades. Levou
muitos milhares de contos de réis dos velhos cofres sertanejos, e moedas de
ouro avaramente amealhadas por Coronéis riquíssimos em suas fazendas antigas.
A fama da sua riqueza atraía novos adeptos ao bando, e também estimulava o
desejo de perseguição no espírito dos soldados da volante. Todos queriam botar
a mão no seu famoso PAPO-DE-EMA. E o Papo-de-Ema era um pé de meia que Lampião
carregava consigo, durante todo o tempo, costurado as vestes de seu próprio
corpo.
Guardadas nessa misteriosa bisaca de pano, o chefe do cangaço levava centenas
de notas de quinhentos mil Réis, que naquele tempo representava verdadeira
fortuna. As moedas roubadas ele as distribuía com os companheiros, com as
mulheres do bando, e com os pobres que lhe faziam pedidos de esmolas no meio
das estradas. Estranha generosidade a do bandido caolho, que com uma das mãos saqueava
comerciantes e com a outra distribuía favores.
Lampião era, antes de tudo, um facínora sertanejo, um amealhador terrível de
riquezas roubadas. Conta o escrivão José de Arimatéia que além do seu
transportável Papo-de-Ema o chefe do cangaço tinha, em alguma parte do interior
baiano, um esconderijo cheio de ouro...
Vê-se, na foto acima, Lampião pagando um coiteiro, utilizando, ao que tudo
indica, a bolsa "Papo-de-Ema ", onde guardava só cédulas graúdas.
Essa foto foi feita em 1936, pelo árabe Benjamin Abrahão, no momento em que
Lampião estava pagando a um coiteiro. Logicamente, para preservar a identidade
do homem, a foto foi feita com ele de costas.
Quanto aos dois cangaceiros, que aparecem na foto são Juriti (ao fundo), e
Sabonete (sentado).
Texto: Nertan Fernandez (Livro: Cinco histórias sangrentas de Lampião - páginas 42 e 43)
Texto: Nertan Fernandez (Livro: Cinco histórias sangrentas de Lampião - páginas 42 e 43)
Página do facebook: Geraldo Júnior
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Notamos aí caro Mendes, a precaução do cangaceiro ao entregar as cédulas ao coiteiro, o cidadão está de costas, evitando ser reconhecido. São as estratégias do rei do cangaço.
ResponderExcluirAntonio José de Oliveira - Serrinha - Bahia