Baseado em depoimento da cangaceira Dadá (que ouviu de Lampião) em que conta os
detalhes da morte de Sabino, ocorrida em 15 de março de 1928, nas proximidades
da Fazenda de Antonio da Piçarra, no Estado do Ceará.
A cangaceira Dadá - O blog do Mendes e Mendes não conhecia esta foto de Dadá
SABINO saiu ferido, após intenso tiroteio naquela fazenda, com as volantes de Manoel Neto, Tenente Eurico Rocha (Cearense) e Arlindo Rocha.
Após alguns dias do combate e da fuga, o citado cangaceiro, mortalmente ferido e sem chance de sobreviver, tentou se suicidar, utilizando o próprio parabelum, mas seus companheiros, haviam retirado as balas.
Ele disse que estava quase morto e atrapalhando a fuga do grupo, e pediu a Lampião para que o eliminasse.
Tendo o chefe dos cangaceiros dito:
- Ficaremos juntos, e não vou abandoná-lo...
Tendo Sabino retrucado:
- Se você é meu amigo, acabe com meu sofrimento...
Lampião, disse-lhe:
Lampião, disse-lhe:
- Eu não faço isso com um amigo...
Nenhum cangaceiro se dispôs a atender o pedido de Sabino, até que o cangaceiro
Mergulhão disse que atenderia o pedido, no que concordou Lampião.
Ao
lado do Capitão Lampião está o que restou dos seus melhores homens: Ponto fino
(Ezequiel, seu irmão), Moderno (Virgínio, seu cunhado), Luiz Pedro (seu lugar
tenente), Antonio de Engracia, Jurema, Mergulhão e por ultimo, Corisco.
Sabino pediu alguns minutos, rezou, colocou um pano sobre os olhos e disse:
- Estou pronto!
Mergulhão aproximou-se, e, sem vacilar, deu-lhe o tiro de Misericórdia.
Texto do pesquisador e colecionador do cangaço Ivanildo Alves Silveira
Geraldo Júnior
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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Pois é caro pesquisador Mendes, eu também não conhecia esta foto de Dadá. Para mim é mais uma novidade. Já estou salvando-a.
ResponderExcluirQuanto a Sabino Gomes, o cangaceiro era tão valente, que na hora da dor teve a coragem e a determinação de pedir ao colega que lhe tirasse a vida. Lampião, como seu chefe e companheiro de tantas batalhas, não conseguiu atender o seu pedido, mas foi atendido pelo cangaceiro Mergulhão.
Antonio Oliveira - Serrinha - Bahia.
Como deve ser triste para um homem valente, um verdadeiro guerreiro ter que decidir sobre seu próprio destino, ferido, cansado e sofrendo no ermo sem um recurso se quer. Uma realidade importante sobre narrações bíblicas, foi respeitada e seguida à risca pelos homens de Sabino, tal conhecimento religioso fez com que os cangaceiros não deixassem seu lide se matar, pois isso segundo às leis das sagradas escrituras é suicídio e isto é pecado mortal sem direito a salvação, e assim um de seus companheiros munido de tal conhecimento e temor ao Altíssimo resolveu lhe ajudar pondo fim em sua vida, aliviando seu sofrimento, sem deixar que sua alma ficasse à mercê do maligno, sem chance de salvação.
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