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sexta-feira, 27 de março de 2015

Marcolino e Lampião, Elos de um Passado Presente...

Marcolino Diniz, sentado ao centro

Um dos momentos altos do Cariri Cangaço Princesa 2015 em Patos de Irerê foi a conferencia do grande memorialista João Alberto Antas Florentino. Por mais de duas horas os convidados que lotaram a Capela de São Sebastião puderam "beber da fonte" com João Antas, um profundo conhecedor da história do povoado de Patos de Irerê e das "ligações perigosas" entre Marcolino Diniz e Virgulino Ferreira da Silva. Ao final um importante e lúcido debate aprofundando o assunto, tendo como participantes da Mesa; Ângelo Osmiro de Fortaleza, mediador; e ainda Jorge Remígio e Narciso Dias, de João Pessoa, José Cícero Silva de Aurora e Archimedes Marques de Aracaju, como debatedores.

 João Antas e a Conferência sobre as ligações de Marcolino e Lampião
 Ângelo Osmiro, moderador da manha em Patos de Irere
Ivanildo Silveira e as fotos do Major Floro

"Nossos ancestrais vieram da Itália, havia naquela época a tradição de mudar o sobrenome da família quando se chegava numa outra pátria, dessa forma os que vieram parar aqui, mudaram o nome para Florentino, uma referencia à suas origens em Florença na Itália; esse povoado foi batizado de Patos de Irerê, em função de um tipo de pato existente aqui, na verdade deveria ser só Irerê, mas acabou ficando Patos de Irerê" Ressalta João Antas. 

"O mais impressionante por ocasião da visita marcante do Cariri Cangaço a Patos de Irerê foi a presença maciça das famílias do distrito, na verdade houve uma grande festa com as pessoas saindo de suas casa para receber a Caravana Cariri Cangaço, confraternizarem-se juntas e acima de junto, compartilharem este extraordinário recorte de sua própria história" comenta Aderbal Nogueira, de Fortaleza.

 Já Antônio Edson Lima confessa: "Viajei sozinho 600 km (só ida) para participar do Cariri Cangaço Princesa; se a quilometragem fosse o dobro, hoje eu também teria ido. É até um tanto difícil eternar o que senti e o que sinto. Eu olhava aquilo tudo, o Casarão de Patos, a casa de Marcolino Diniz, as pessoas, as histórias, os escritores; pessoas simples e amigas; com o entusiasmo de quem parece ter vivido um pouco daquelas coisas. Agradeço tudo isso a Família Cariri Cangaço, vocês são arretados, botaram para quebrar, parabéns pela grandeza do evento".


 
 Ângelo Osmiro
 José Cícero Silva
 Archimedes Marques
 Jorge Remigio
 Narciso Dias
 Rostand Medeiros
 Diana Rodrigues
Rosane Pereira

O grande João Antas do alto de sua experiência de vida e muitos caminhos percorridos se emocionou por várias vezes durante o Cariri Cangaço em Patos de Irerê, por muitas vezes era possível perceber o brilho e as lágrimas em seus olhos, fruto do que ele mesmo confessa "é muita emoção está vivendo isso tudo ao lado de vocês, vou guardar o Cariri Cangaço em meu coração" e confirma, "aqui Lampião mantinha o respeito por todas as famílias, sua forte ligação com Marcolino e Zé Pereira, desde da época do balaço em seu pé e do assassinato do juiz em Triunfo quando Lampião tirou Marcolino da prisão, essa relação só amiudou. Aqui Lampião chegava nessa casa que vocês conheceram, tomava sua pinga ou conhaque, jogava carta e ficava "descansando", ele de um lado da mesa e Marcolino do outro, quando havia algo suspeito, Lampião era alertado por Marcolino" e diz ainda: "ai de quem desobedecesse ao Dr Marcolino; doutor porque ele cursou até o segundo ano de direito; ele ficava naquela calçada alta, de terno branco, ditando tudo aqui na região".

Ao final da brilhante conferencia de João Antas na capela de São Sebastião em Patos de Irere, os convodados do Cariri Cangaço se deslocaram ao famoso Casarão de Patos.

Cariri Cangaço Princesa
Dia 20 de Março de 2015
Patos de Irere, São José de Princesa, Paraíba

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2015/03/marcolino-e-lampiao-elos-de-um-passado.html
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