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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A GRANDE MARCHA DE LAMPIÃO PARA MOSSORÓ Parada 07 - O COMBATE NO SÍTIO CAIÇARA (RN)

Por Geziel Moura

A sequência que propus, até agora, das "visitações" do bando de Lampião ou parte deste, nos lugares a caminho de Mossoró foram os seguintes: Canto do Feijão, Fazenda Baixio, Fazenda Nova, Fazenda Bom Jardim, Fazenda Aroeiras, Sítio Panati. Esclareço, que esta rota, embora aparenta ser linear, não se deu, necessariamente, dessa forma, na medida em que, poderia ocorrer incursões, dos cangaceiros, em outros lugares, estou tentando estabelecer uma sequência lógica, dos principais pontos, em função dos livros e dos locais em que estive, perseguindo, ainda, narrativa pouco maçante, de acordo com os padrões "facebookianos".

 Aspecto atual do Sítio Caiçara. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

Feito os esclarecimentos, necessários, continuemos com a saga...Após deixar o Sítio Panati, a cabroeira atacou o vizinho sítio Cajueiro, realizando o de sempre, roubos e ameaças, infelizmente, tal sítio, não existe mais.

Lugar do combate, ao longo deste açude (não existia) e do sopé da serra. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

Em ato contínuo, eles alcançaram a Fazenda Caiçara de Francisco Tomaz de Aquino, prenderam sua esposa e levaram, joias, medalhas, roupas e arreios. Lampião estava cismado, com a presença de militares, na Vila Vitória, próxima ao sítio, e o cego estava certíssimo em sua intuição, pois chegara na vila a tropa do Ten. Napoleão de Carvalho Agra, que sem mais delongas, realizou alistamentos de voluntários que desejassem incorporar a tropa da Polícia Militar do RN.

Lugar do combate, ao longo deste açude (não existia) e do sopé da serra. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

Voltemos um pouco no tempo, pois este movimento na Vila Vitória, se deu quando os cangaceiros estavam, ainda, na Fazenda Aroeiras, sendo a ideia original atacá-los por lá, só que o ilustre comandante precisava de caminhões para transportar, e aguardava tal veículo para a missão. A saída foi delegar ao cabo, do destacamento da Vila, João Porfírio da Silva, o início da tarefa com parte dos homens, enquanto ele aguardaria o caminhão (esperto não?), o cabo contrariado alertou: "Vocês vão, mas se toparem com Lampião vocês correm e não briguem", ironicamente o soldado José Monteiro de Matos pensava alto: " Eu morro, mas não corro".

Monumento erigido, em memória do soldado José Monteiro da Matos, morto no combate de Caiçara. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

O alívio foi geral com a chegada dos caminhões, com o resto da tropa, uma hora depois, da saída do primeiro grupo, em Aroeiras.

Os cangaceiros não estavam distante, de fato, a Fazenda Aroeiras fica perto da Caiçara, local onde ocorreu o encontro e o grande combate, a fuzilaria foi grande, os cangaceiros mais municiados levaram vantagens, culminando na retirada aloprada da polícia, por baixo de chumbo.

Monumento erigido, em memória do soldado José Monteiro da Matos, morto no combate de Caiçara. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

Após a fuga, começaram a busca na "área de guerra", da parte dos cangaceiros foi morto Patrício de Souza, o Azulão e muito ferido o jovem cangaceiro "Cordeiro", mais adiante, encontraram agonizando, o soldado Monteiro, o mesmo da promessa de não correr, Coqueiro, tomou-lhe o fuzil, disparou várias vezes e arrematou com diversas punhaladas, além de coices de armas que lhe afundou o crânio. Assim, cumpriu o soldado José Monteiro de Matos, sua promessa.

Fonte: facebook
Página: Geziel Moura
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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