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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

"CRISTINA DE PORTUGUÊS"

Cristina de Português

Certa vez, nas grotas, planícies e elevações dos carrascais da terra sertaneja, em defesa da honra masculina, o cangaceiro Português, contrata o colega, cangaceiro, Catingueira para dar cabo de um cangaceiro do grupo de Corisco, Gitirana, que tinha dado umas ‘saidinha’ com sua companheira Cristina.

Os cangaceiros Gitirana e Sofreu

Lampião e Maria de Déa, sua companheira, estavam fazendo uma visita ao bando dos ‘cumpadres’, Corisco e Dadá, ocasião...

Os cangaceiros Corisco e Dadá

Catingueira é contratado por Português para dar cabo de Gitirana. Quando Catingueira chegou ao acampamento de Corisco, chamou logo Gitirana para uma “prosa de pé de urêia”, conversa ‘particular’.

Sabedor do ocorrido entre Cristina e Gitirana, cabra do seu bando, o “Diabo Louro”, vendo, notando, a malícia de Catingueira, intercede a favor do cangaceiro que fazia parte do seu grupo. Corisco não quer nem saber o que viria acontecer depois, mas, naquele momento se achega junto aos dois e fala para Catingueira:

O cangaceiro Catingueira está à direita da foto

“-Boi do cu branco qué matá meu rapaiz? Ocê num é homi pra atirá im rapaiz meu!"( meneleu.blogspot.com)

Corisco, falando aos gritos, todos escutam o que disse. Nesse momento o clima fica pesado, a coisa ‘nubla’ de repente, e todos, tanto do bando de Português como do bando dele, pegam suas armas e manobram suas alavancas... e a coisa fica por um triz para acontecer uma grande desgraça.

Lampião e Maria Bonita

O “Rei Vesgo” e sua amada se aproximam. A Cabocla da Terra do Condor, vendo o que estava para acontecer entre os ‘cabras’ dos dois grupos, dá sua sugestão para a solução do caso, que seria punir a culpada, no caso, Cristina. Essa punição, todos sabia que seria a morte da cangaceira.

Mas, Corisco diz para sua ‘cumadi’, Maria do Capitão:

“ - Ela deu u qui era dela. Ninguém tem nada cum isso." (Blg Ct.)

Maria de Lampião, não se conforma com a resposta do “Diabo Louro”, e diz:

“ - É, mas Português vai ficar desmoralizado!” (basilio.fundaj.gov.br)

Corisco, já de saco cheio com o rumo da prosa, “detona”:

“ - "Ele qui cuidi da muié deli. Du meu rapaiz cuido eu."(meneleu.blogspot.com)

Lampião, se achega na prosa, e dar total apoio a Corisco, sobre o desenrolar desse ‘causo’ amoroso.

Cristina, amedrontada, pede para ficar no grupo de Corisco, pois, sabe que pela ‘Lei’ dos bandos de cangaceiros, Português tinha o ‘direito’ de matá-la.

Não é aceita, pois, provavelmente, sua presença causaria discórdias entre os homens, podendo resultar em mortes. Mesmo assim, permanece por uns dias, enquanto arruma um jeito de ir-se, de volta, para o seio da sua família.

Alguém do bando de Corisco, com sua ordem, arranja uma montaria para Cristina. Montada, segue pelo caminho da ‘volta’ sem ‘volta’. Ela fora enviada de volta à família. Só que, o chefe do grupo deu ordens para que a matassem, e a viagem que Cristina fez, foi a que não tem volta. 

“(...) no meio do caminho foi morta a golpes de faca por Luís Pedro e outros homens, que "vingariam" Português e queriam evitar que ela delatasse os pontos de apoio dos cangaceiros(...) O crime ocorreu em 21 de julho de 1938, uma semana antes do ataque em Angicos que vitimou Lampião, Maria e outros nove bandidos(...)”. (http://lampiaoaceso.blogspot.com.br)

Fotos lampiaoaceso
Fotolitos de Benjamin Abrahão

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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