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terça-feira, 12 de julho de 2016

10 FOTOS MARCANTES E AS HISTÓRIAS POR TRÁS DELAS 5 (ESPECIAL CANGAÇO)


1- Marcas do Tempo do Cangaço

A senhora da foto acima é a dona de casa Maria Marques. Na época do Cangaço Lampião e seu bando marcavam mulheres no rosto, seja para mostrar propriedade ou como punição por comportamento indevido. As letras no rosto de Maria Marques são: "JB" pertencentes ao cangaceiro José Baiano. Dizem que foi uma vingança contra um oficial da volante chamado Vicente Marques que teria batido no rosto da mãe de Zé Baiano. A partir daí o cangaceiro mandou fazer um ferro com as iniciais “JB”, e a sua primeira vítima foi a senhora Maria Marques, ela era irmã do soldado Vicente Marques. O fato aconteceu em 1932.

2 - Uma Marca para o resto da vida
  

A jovem da foto chama-se Balbina da Silva e só foi ferrada, porque mandou um bilhete desaforado para Lampião, dizendo o seguinte: “O cabelo é meu e eu uso do jeito que eu quero”. O que se supõe que Lampião teria criticado o cabelo da jovem. Depois que viu o bilhete, Lampião teria dado ordem para Zé Baiano ferrar a moça. 

3 - Civis Matam 4 Cangaceiros


Exposição macabra de cangaceiros do bando de Lampião que foram mortos por civis liderados por Antonio Manuel Filho, o Tenente Antonio de Amélia, que cumpriu a promessa de vingar a morte de um amigo. Em pé amarrados a troncos de madeira estão os corpos dos quatro cangaceiros: Suspeita, Limoeiro, Fortaleza, Medalha e no caixão abaixo o corpo de  Félix Alves, um civil que morreu durante o combate. 

4 - Lampião e Volta Seca em trajes de gala

Montagem, amigos! 

Uma foto muito rara de Lampião e um dos mais jovens cangaceiros, o Volta Seca. Os dois vestidos com terno e gravata. Infelizmente não consegui identificar a ocasião e nem a data da fotografia, no entanto tudo leva a crer que seja nas décadas de 1920/1930.

Segundo informação de Rubens Antônio: "A foto que mostra Lampeão e Volta-Secca é uma montagem realizada por Robério Santos, para uma publicação, em que ele comenta a possibilidade de ambos terem visitado Aracaju."

5 - A prisão do Primeiro Rei do Cangaço "Antonio Silvino, O rifle de ouro"



Quando se fala em Cangaço muitos imaginam logo a figura de Lampião como sendo o pioneiro. A verdade é que existiram outros cangaceiros que antecederam Lampião na época do Cangaço. Antonio Silvino, era um dos homens mais destemidos que já apareceu no Brasil. Ele tinha a fama de ser um grande atirador e quase sempre acertava em cheio. Ele era também generoso com os pobres e dividia com eles grande parte daquilo que tirava dos ricos ou até mesmo do governo.

Silvino não era um criminoso comum. Nascido numa família muito rica e aristocrática, era ele mesmo dono de uma grande e valiosa extensão de terra na Paraíba. Mas, por causa de querelas políticas, seu pai, irmãos, tios e primos haviam sido exterminados. Para escapar ao mesmo destino, ele havia decidido tornar-se cangaceiro e destruir não apenas seus inimigos políticos, mas todos que ousassem se colocar no seu caminho. Até aquela ocasião ele havia assassinado sessenta e seis pessoas.

Silvino foi preso no dia 28 de novembro de 1914, quando ocorreu o seu último tiroteio com a polícia. Atingido no pulmão direito, conseguiu se refugiar na casa de um amigo e disse que ia se entregar. Ele foi levado para o Recife e ficou na Casa de Detenção, atual Casa da Cultura.

Na prisão Silvino era encontrado constantemente orando e com a Bíblia nas mãos. Ele foi condenado a 239 anos e oito meses de prisão. Em 4 de fevereiro de 1937, depois de vinte e três anos, dois meses e 18 dias de reclusão, foi indultado pelo presidente Getúlio Vargas. Na foto acima, ele é o de chapéu e bengala. O ex-rei do cangaço morreu em 30 de julho de 1944, em Campina Grande, na casa de uma prima.

6- A Castração de Pedro "Batatinha"


Sergipe 1930


Pedro Batatinha tinha apenas 22 anos quando teve a infelicidade de encontrar Lampião e seu bando, Chegando no povoado Tabocas, Batatinha ouvira dois disparos. 

Seguindo pela estrada, encontrou o bando de Lampião cercando o cadáver de um homem que acabava de ser assassinado. Pedro foi logo cercado e revistado, tomaram-lhe o pouco dinheiro que trazia. Obrigaram-no, em seguida, a voltar com eles, e ao chegarem ao povoado, Lagoa dos Tamboris, todos os Cangaceiros dispersaram-se pelas casas da povoação e ficando ele, Batatinha, preso entre dois do bando, no terreiro da casa de Sinhosinho, casado com uma prima sua, onde fora Lampião sentar em um tamborete, à espera de um café que mandara fazer. 

Os dois bandidos começaram a surrá-lo com chicotes de três pernas, ambos ao mesmo tempo, sem nenhum motivo. Estava com tanto medo que não sentiu dores. 

Após a surra de chicote, eis que chega um terceiro Cangaceiro, de apelido “Cordão de Ouro”. Ordena-lhe que descesse as calças e, segurando-lhe os dois testículos, cortou-os de um só golpe, atirando-os fora, debaixo das gargalhadas e chacotas dos companheiros. Disse-lhe o facínora: 

- Quem lhe fez isto foi “Cordão de Ouro”, é a lei que manda e tenho feito em muitos.

Lampião, calado, assistiu à cena, perguntando, depois, ao castrador:

- Corto tudo?

- Não. Deixei o resto porque o rapaz é novo.

Depois ainda deram pontapés e pranchadas de punhal em Batatinha. Lampião ao montar, aproximou-se dele, sacou do punhal e cortou-lhe um pedaço da orelha esquerda, acrescentando: 

- É um garoto que precisa sê marcado, p’ra eu conhecê quando encontrá.

E voltando-se para as pessoas presentes, preveniu-lhes: 

- Vocêis trate do rapais senão quando eu passá aqui arrazo cum vocêis tudo. 

Batatinha, enfim, fora socorrido pelo Dr. Belmiro Leite, em Aracajú. Escapou e, segundo informações colhidas, morreu, na década de 1990, em São Paulo. 

Créditos ao Escritor: Ranulfo Prata

 7 - O Massacre de Angico


Em 28 de julho de 1938 uma Volante composta por 49 homens e liderada pelo Tenente PM João Bezerra da Silva, conseguiu acabar de vez com a saga de Lampião e seu bando. Foto rara da volante após o tiroteio na Gruta de Angico, perto do Rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe. A foto é de baixa qualidade, mas percebe-se os corpos amontoados no chão. Na ocasião morreram 11 Cangaceiros. Poucos sabem, mas no Massacre de Angico onde entre outros, morreram Lampião e sua mulher Maria Bonita, também foi morto o soldado Adrião Pedro de Souza, e feridos outros dois homens da Volante, sendo um deles, o próprio Tenente João Bezerra. As volantes se vestiam também como Cangaceiros na intenção de enganar o inimigo. 

8 - Um Corpo Sem Cabeça
  

Foto tirada em 04 de agosto de 1938, dias depois do Massacre de Angicos quando Lampião e parte do seu bando foram mortos, o corpo na foto é do próprio Rei do Cangaço. Que foi deixado lá para ser comido pelos urubus, juntamente com os outros homens do bando.
  
9 - Tenente João Bezerra


No dia 24 de Junho de 1898, na localidade conhecida como Serra da Colônia, município de Afogados da Ingazeira, no Estado de Pernambuco, nasceu João Bezerra da Silva, um dos sete filhos de Henrique Bezerra da Silva e Dona Marcolina Bezerra da Silva, dois pequenos fazendeiros do lugar.

Filho de pais analfabetos (comum àquela época no sertão), tendo, porém, muita vontade de aprender a ler passou o rapaz a trazer sempre consigo uma “Cartilha do ABC” e um lápis.

Contudo sua infância foi na verdade transcorrida basicamente a ajudar o pai na agricultura ou na criação de animais. Mas foi com seu primo, Manoel Batista de Moraes, conhecido naquelas bandas como “Antonio Silvino, o Rifle de Ouro” por sua certeira pontaria, que João Bezerra aprenderia a atirar. Este seu primo ficaria famoso por ter se tornado um cangaceiro feroz que antecedeu a Lampião como já citei na foto (5) e por ter sido testemunha do assassinato do jornalista João Dantas, ocorrido na penitenciária do Recife, preso ali pela morte do ilustre paraibano João Pessoa.

Logo João Bezerra entraria para as volantes para lutar contra os Cangaceiros e se tornaria o homem que comandou o grupo que exterminou Lampião e parte do seu bando. O Massacre de Angicos foi um divisor de águas, começava ali o fim do Cangaço.
  
10- Com a morte de Lampião o Cangaço perde força


Após o massacre de Angicos, muitos cangaceiros entregaram-se. O contexto das entregas teve início com o aparecimento espontâneo de cangaceiros, que se apresentaram, em 12 de outubro de 1938, quando de uma pregação dos freis capuchinhos Francisco e Agostinho de Loro Piceno, em terras de Jeremoabo. Este, dirigindo-se aos cangaceiros, convidou-os a se entregarem, oferecendo-se como intermediário.

Havendo sucesso neste evento, aproximou-se de outra missão de capuchinhos, conseguindo intermediação para a entrega, um outro grupo de seis cangaceiros chefiados por Zé Sereno. Isto se deu por volta de 20 de outubro de 1938.

Esta é a única foto que se tem conhecimento tirada com a polícia, cangaceiros e a igreja católica. Todos juntos.

FONTES:


https://beradeirocurioso.blogspot.com.br/2014/08/10-fotos-marcantes-e-as-historias-por_24.html?showComment=1468342704664#c4718349234121199407

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

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