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domingo, 8 de outubro de 2017

FUZIL METRALHADORA HOTCHKISS MOD 1909, MOD 1922


“Se a metralhadora tivesse chegado a Lampião Angico não teria acontecido.”

Também não há consenso, exatidão, entre as fontes quanto aos modelos de Hotchkiss utilizados naquela época. Existe até mesmo quem descreve a Hotchkiss M1914 como participante do cerco a Angico, o que seria improvável dada as dimensões e peso da mesma. Inadequada para a guerra de movimento como aquela empregada na caatinga. Mas muito provável que as utilizadas neste período tenham sido os modelos M1909 e M1922.



Sendo uma das mais citadas a Hotchkiss Mod1922, arma de origem francesa fabricada no início do século XX. Inicialmente adotada pelo Exército Francês no ano de 1909, calibre 8mm, com cartuchos Lebel (8X50R). Posteriormente, adquiridas pelo Brasil por ocasião da Missão Militar Francesa junto ao Exército Brasileiro em 1922, com o calibre 7mm Mauser (7X57). Devido seu baixo peso a arma foi destinada a cavalaria.



No entanto a quem diga que, o modelo mais provável de ser encontrado no interior do Brasil e, consequentemente, o utilizado pelas volantes e que foi muito usada pelas forças públicas brasileiras seria Hotchkiss mod. 1921, modelo este não encontrado por esta pesquisa. O que se pode constatar é que o exército brasileiro adquiriu o modelo 1909, no ano de 1922, ficando aquela conhecida por aqui como metralhadora leve Hotchkiss M1922.



De acordo com Machado (1978), Lampião mostrara desejo de comprar uma metralhadora, por cem contos de réis [...] A impressão que se tinha realmente era a de que Lampião sentia a necessidade de armar seu bando com armas mais potentes, porque a perseguição estava cada vez mais forte, contra o bando. José Rufino, volante que assassinou Corisco, disse que, se Lampião tivesse chegado a conseguir uma metralhadora, “ninguém seria capaz de ir atrás dele”. O mesmo ponto de vista tem José Bezerra:

“Se a metralhadora tivesse chegado a Lampião, Angico não teria acontecido.” (Machado, 1978, p. 129)

O sonho de Lampião era armar seu grupo com uma destas, para poder igualar ao poderio bélico das volantes. Assim como adquirir para si uma Pistola C96. Um de seus objetivos foi alcançado em 23 de abril de 1931 no Combate da Lagoa de Mel/Touro, com a volante baiana do Ten. Arsênio Alves de Souza. Nesse embate, morreram Ezequiel Ferreira (irmão de Lampião), e muitos soldados. Uma metralhadora Hotchkiss foi abandonada no campo de luta, mas o esperto tenente, antes de fugir, levou consigo o “percursor” da aludida arma, para impedir que pudesse ser usada mais tarde. Desse modo, lá se foi o sonho de Lampião de possuir uma “costureira”.



O “Diabo Loiro” foi alvejado e consequentemente morto pelos disparos de um fuzil metralhadora Hotchkiss de cal. 7X57mm como este. Usado pelos soldados da volante do tenente Zé Rufino, ao ser atingido Corisco ficou com as vísceras expostas e sua companheira Dadá também baleada devido as rajadas de tiros teve que amputar a perna atingida.

Fonte/Artigo: historiamestra.blogspot.com.br (Armas: as ferramentas do cangaço)



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