Por Jerdivan
Nóbrega Araujo
Francisco João
de Azevedo nasceu na cidade da Parahyba e começou sua vida profissional como
tipógrafo. Estimulado pelo pai, exercitou e aprofundou seus conhecimentos de
desenho e mecânica em geral. Em 1834 foi levado pelo bispo da Arquidiocese do
Recife para o Seminário daquela cidade, onde ordenou-se em 1838.
Padre Azevedo
A partir de
1844 passou a lecionar no Arsenal de Guerra da Marinha de Pernambuco, onde
desenvolveu sua máquina de escrever, toda em madeira, considerada uma invenção
revolucionária, a qual foi apresentada e agraciada com medalha de ouro na
Exposição Agrícola e Industrial da Província de Pernambuco no ano de 1861. Sua
grande chance de patentear o invento seria a Exposição de Londres, em 1862.
Dom Pedro II
Entretanto, o Imperador D. Pedro II não se motivou a ajuda-lo nesse sentido. O
invento ficou esquecido e ele voltou a residir na Paraíba. Existem suspeitas de
que o padre foi, posteriormente, sabotado por um amigo americano que roubou os
seus projetos e os vendeu nos Estados Unidos, porquanto a firma Sholes & Glidden
patenteou em 1874, na cidade de Milwaukee, uma máquina em muito assemelhada ao
modelo "Azevedo". O Padre, de caráter simples e despojado de visão
patrimonialista, continuou lecionando matemática e geometria na Escola das
Artes da cidade de Parahyba até o seu falecimento.
Ele inventou ainda um veículo terrestre movimentado pela força do vento,
destinado ao transporte entre Olinda e Recife e uma máquina que aproveitava a
força das ondas do mar para aplicá-la ao movimento do navio.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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