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domingo, 4 de fevereiro de 2018

O PARAIBANO QUE INVENTOU A MAQUINA DE ESCREVER PADRE AZEVEDO, 1814-1880.

Por Jerdivan Nóbrega Araujo

Francisco João de Azevedo nasceu na cidade da Parahyba e começou sua vida profissional como tipógrafo. Estimulado pelo pai, exercitou e aprofundou seus conhecimentos de desenho e mecânica em geral. Em 1834 foi levado pelo bispo da Arquidiocese do Recife para o Seminário daquela cidade, onde ordenou-se em 1838. 

Padre Azevedo

A partir de 1844 passou a lecionar no Arsenal de Guerra da Marinha de Pernambuco, onde desenvolveu sua máquina de escrever, toda em madeira, considerada uma invenção revolucionária, a qual foi apresentada e agraciada com medalha de ouro na Exposição Agrícola e Industrial da Província de Pernambuco no ano de 1861. Sua grande chance de patentear o invento seria a Exposição de Londres, em 1862. 

Dom Pedro II

Entretanto, o Imperador D. Pedro II não se motivou a ajuda-lo nesse sentido. O invento ficou esquecido e ele voltou a residir na Paraíba. Existem suspeitas de que o padre foi, posteriormente, sabotado por um amigo americano que roubou os seus projetos e os vendeu nos Estados Unidos, porquanto a firma Sholes & Glidden patenteou em 1874, na cidade de Milwaukee, uma máquina em muito assemelhada ao modelo "Azevedo". O Padre, de caráter simples e despojado de visão patrimonialista, continuou lecionando matemática e geometria na Escola das Artes da cidade de Parahyba até o seu falecimento.

Ele inventou ainda um veículo terrestre movimentado pela força do vento, destinado ao transporte entre Olinda e Recife e uma máquina que aproveitava a força das ondas do mar para aplicá-la ao movimento do navio.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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