Por Geraldo Antônio de Souza Júnior
Recomeçar a
vida longe das armas era o próximo passo a ser dado pelos remanescentes do
cangaço lampiônico, após a concessão da anistia concedida pelo Governo Getúlio
Vargas. Reintegrar-se à sociedade e tirar documentos seria fundamental para o
novo recomeço. Adaptar-se a uma nova vida longe das correrias e sofrimentos
ocasionados pela luta diária pela sobrevivência em meio à caatinga era uma nova
realidade que agora os antigos companheiros e Lampião teriam que enfrentar.
Antes o enfrentamento aos inimigos e suas balas mortais e agora a burocracia
imposta pela vida em sociedade, algo inusitado para quem vivia em um sertão
atrasado e em luta constante em meio ao sol abrasador dos sertões.
Zé Sereno (José Ribeiro Filho) e sua companheira Sila (Ilda Ribeiro de Souza) sobreviveram ao cangaço e vieram para São Paulo/SP, “enterraram” definitivamente o passado e conseguiram com muita luta reconstruir suas vidas. Terminaram seus dias de vida como pessoas pacatas e honestas e em nada lembrando os tempos da lida cangaceira.
Anexado a essa matéria está o Certificado de Reservista de José Ribeiro Filho que no cangaço era conhecido pela alcunha de Zé Sereno, sobrinho dos célebres cangaceiros Antônio e Cirilo de Engrácia (Ingrácia) e primo do não menos afamado cangaceiro Zé Baiano, entre outros.
A reservista foi expedida no dia 13 de maio de 1947 na cidade de São Paulo/SP, onde Zé Sereno residia junto com esposa e demais familiares.
Documento gentilmente cedido pela amiga Patricia Rodrigues Szabo, neta do casal cangaceiro Sila e Zé Sereno.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
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