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segunda-feira, 19 de março de 2018

AS MIL MORTES DE HONORATO


Por Geziel Moura

A morte de Lampião na Fazenda Angico, fabricou seus supostos heróis, catalisados pela imprensa da época, por mais esdrúxulos que possa parecer não deixou de existir.

Assim, temos no policial volante Antônio Honorato, aquele que foi colocado na posição de executor do Rei do Cangaço.

Na contramão deste enunciado, historiadores, pesquisadores e escritores que escreveram sobre os últimos dias de Lampião, são unânimes em afirmar, que depois do primeiro tiro disparado, no coito, proveniente do fuzil de Abdon no cangaceiro Amoroso, o "matraquear" das armas das volantes foram intensos e de todos os lados possíveis e imagináveis, afinal como saber o "Dono da bala que matou Virgolino ?"

Entretanto, teria-se que encontrar um paladino, com nome e sobrenome para que fosse o autor do disparo, afinal, Lampião era invencível, não poderia morrer simplesmente por bala perdida, deferida de algum fuzil ou metralhadora de seus algozes, assim como ocorreu com seu irmão Ezequiel " Ponto fino" Ferreira e até mesmo com seu cunhado Virgínio Fortunato, o Moderno, quando a morte chegou para ambos.

Polemicas e incertezas à parte, uma coisa é certa, tudo que diz respeito a Lampião e Angico termina em sortilégios, e com o "matador" do Rei do Cangaço não poderia ser diferente, pois teve uma morte banal, tempos depois em Maceió, quando encontrava-se aposentado como sargento da polícia deste Estado, e o que é pior, por um sobrinho sem o braço esquerdo, cuja causa mortis, golpes de algum tipo de cacete.

Assim, foi o fim do carrasco de Lampião, para a imprensa é claro. Segue as capas das revistas e imagens, que trazem matéria sobre a vida e morte de Honorato.


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