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terça-feira, 14 de agosto de 2018

SNIPERS DO CANGAÇO


Por Cabo Francisco Carlos

Hoje assistimos a inúmeros filmes de francos atiradores “SNIPERS,” apresentando com garbo seus rifles supermodernos e sofisticados com lentes telescópicas, e de calibres potentes projetados para longo alcance que é capaz de atingir com precisão, alvos minúsculos a quilômetros de distancia. Estes militares são considerados a “ELITE” de suas tropas, pois só são enviados para cumprir missões especiais de alto risco. Para ser um franco atirador, tem que possuir muito equilíbrio emocional, além de algumas qualidades condizentes ao seu treinamento e capacitação no manejo da arma, a escolha da posição no ambiente ou terreno, e a exatidão nos cálculos precisos para usar de acordo com as condições e variações das intempéries no momento de executar o disparo preciso e fatal. 

Isso ocorreu entre os terríveis cangaceiros do bando do Capitão Virgulino Ferreira da Silva o famigerado Lampião rei do cangaço. O próprio Lampião era um exímio atirador, mas em seu bando havia alguns cabras que tinham tal habilidade, eram um “SNIPER” perfeito. Um simples Fuzil Mauzer 1908 cal 7mm, um mosquetão do mesmo calibre e até mesmo um Winchester cal. 44 “papo amarelo” resolvia a questão dependendo do traquejo de quem o manuseava. Já ouvi dizerem que o cangaceiro Ponto Fino, o irmão mais novo do Rei do Cangaço executou com seu mosquetão 7mm um tiro com tamanha perfeição, que deixou todos do bando boquiabertos. 


Pois um dia já bem à tardinha quando o bando de Lampião chegou em uma fazenda perto da cidade de Propriá, um dos empregados vendo e identificando ao longe o bando de cangaceiros, mais que depressa; montou num cavalo e saiu a galope pela estrada para chegar na cidade e pedir ajuda ás autoridades daquele lugar, mas teve a vida ceifada e caiu sem vida após receber um tiro nas costas disparado pelo cangaceiro ponto fino á mais ou menos 1.200 metros de distancia, calculo este feito pelo cangaceiro Arvoredo, que mediu com passadas de onde o atirador disparou a arma; até onde o rapaz encontrava-se caído inerte no chão, 1.220 passos regulando 1 metro cada passo. 

Outro tiro perfeito foi realizado pelo cangaceiro Catingueiro que acertou o sino no campanário torre de uma igreja a mais de 800 metros dando o alarme ao bando do Cangaceiro Canário que a volante de Zé Rufino vinha se aproximando daquele povoado. 

Sabino Gomes também já á noite, á mais ou menos 500 metros acertou um lampião a querosene dentro de uma casa causando um grande incêndio na moradia de um coiteiro delator. A casa estava cercada e todos morreram queimados no deu interior.


O interessante é que tais cangaceiros efetuavam esses disparos, simplesmente usando a alça e a massa de mira regulável de seus rifles. Um dia o Capitão Cangaceiro falou assim: Quando cubro um macaco na mira do meu fuzil e disparo, é Deus que decide se ele vive ou morre; pois se eu errar ele esta salvo, mas se Deus não quiser, que ele tenha pena do infeliz.

CABO FRANCISCO CARLOS.

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