Ela nasceu em
Glória (Paulo Afonso), na Bahia em 1916 e recebeu o nome de Maria das Dores.
Descendente dos índios pankararés não negava as origens: morena, cabelos
ondulados e pretos, baixinha. Bonitinha. Entrou para o bando sendo companheira
do cangaceiro Gato, um dos mais valentes. Apesar de ser faladeira, Inacinha,
como era chamada, não agradava, pois gostava de criar confusão do nada. E por
isso, era hostilizada.
Estava no oitavo
mês de gravidez, na fazenda Retiro, Alagoas, esperando a hora de parir, quando
o bando de Corisco foi atacado pela volante do então sargento Bezerra e
Inacinha levou um tiro no traseiro tendo a bala saído pela barriga sem atingir
a criança. Os cangaceiros conseguiram fugir, mas ela baleada não. Gato ainda
tentar carregá-la nos braços, mas foi por pouca distância. Estava muito pesada
e o jeito foi deixá-la e correr para sobreviver.
Inacinha foi
presa e levada para a Cadeia de Piranhas. Seu companheiro ao saber do fato,
ficou transtornado e armou um plano para resgatar sua mulher. No trajeto,
revoltado, o cangaceiro saiu atirando, matando
Mesmo com todo
esforço e violência, ele não encontrou Inacinha na cadeia. Encontrou a morte
através das volantes. E sua ex-companheira casou logo depois com um motorista
de caminhão conhecido como Pé na Tábua. E seguiu a nova vida. Uma danada, essa
Inacinha.
Fonte: Mulher
no Cangaço.
Adquiri na página do pesquisador/historiador Guilherme Machado.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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