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sexta-feira, 17 de julho de 2020

COMENTÁRIOS DOS PESQUISADOR DO CANGAÇO ADERBAL NOGUEIRA E JORGE REMÍGIO

Por José Mendes Pereira

Os comentários do Aderbal Nogueira e do Jorge Remígio foram feitos sobre o meu trabalho a seguir: 
"A patente "Capitão" dada a Lampião não foi respeitada pelos militares de Pernambuco".

Disse Aderbal Nogueira: Essa patente não tinha valor algum. Redigida e assinada por um agrônomo tremendo de medo quando a escreveu. O padre mandou que o mesmo a fizesse com receio da reação de Lampião caso fosse contrariado. Lampião exigiu a patente, afinal fora chamado ali para isso e não voltaria de mãos abanando. Se Floro Bartolomeu estivesse em Juazeiro talvez o Cangaço Lampionico acabasse ali, mas o destino assim não quis.


E o Jorge Remígio Aderbal Nogueira, existe uma corrente de pensamento (maioria) que defende a articulação de Floro Bartolomeu em trazer o bando de Lampião para engajá-lo ao Batalhão Patriótico sediado em Juazeiro, como uma decisão exclusiva dele. Que Padre Cícero nem a carta convite redigiu, só botou a sua rubrica. 

Eu comungo com esse pensamento. Partindo desse pressuposto, fica claro para mim a "fraqueza" do Padre em não dispensar Lampião do Juazeiro, já que o mentor dessa ideia estava enfermo e encontrava-se no Rio de Janeiro. Se ele não tinha ou não teve um papel preponderante nessa ação, por que a obrigatoriedade então, de engajá-los ao Batalhão Patriótico e municiá-los com armamentos modernos e uma grande quantidade de munição exclusivas do exército? O Padre, indiretamente foi responsável pela bagaceira que Lampião praticou no ano de 1926 a partir do mês de março.

E Aderbal Nogueira: Jorge Remígio, acredito que por medo da reação de Lampião. O padre já era um homem velho e não apitava como antes.

Jorge Remígio disse: Aderbal Nogueira, não entendo como Lampião poderia intimidar o Padre Cícero, a tal ponto de deixá-lo totalmente submisso. Creio que ele jamais iria matar o Padre. Estavam estacionado em Juazeiro um grande contingente de componentes do Batalhão Patriótico, a família de Lampião estava sob o manto protetor do Padre, bem, uma das coisas mais difíceis de ocorrer naquele momento, era uma represália por parte de Lampião. No meu entender, o Padre Cícero era uma boa pessoa. Mas muito longe de ser perspicaz.

Respondeu Aderbal Nogueira: Jorge Remígio, pois é, como disse um homem velho. Lampião foi por causa de Floro e o padre iria contrariar os dois. De Floro volta e sabe que Lampião passou batido? Apenas minhas especulações, o padre estava numa sinuca de bico.

Jorge Remígio voltou a responder o Aderbal Nogueira: Aderbal Nogueira, meu amigo, soube agora do falecimento do seu genitor. Meus sentimentos e um forte abraço solidário.

Aderbal Nogueira agradece: Jorge Remígio, obrigado!


José João Souza disse: Naquela época, usavam muito o termo "homem de palavra", referente as pessoas que cumpriam com o prometido, acredito que o padre Cícero apenas honrou a palavra dada. O errado não foi dar a patente, o errado foi convidar Lampião para integrar o Batalhão Patriotico, o combinado não é caro e nem barato, é o combinado.
Eu, José Mendes Pereira: Aderbal Nogueira e Jorge Remígio, será que quando levaram o assunto sobre uma possível ida de Lampíão a Juazeiro Norte o padre Cícero aceitou porque quis vingar,  já que nesse período da presença do cangaceiro a Juazeiro o padre Cícero estava afastado da igreja católica, porque o Vaticano havia suspendido as suas ordens religiosas, acusando-o de falsos milagres? É apenas a minha opinião.

Eu gostei dos comentários dos dois pesquisadores do cangaço Aderbal Nogueira e o Jorge Remígio. Assim é que se comenta educadamente sem agredir o outro, porque sabe que o outro é também conhecedor do assunto. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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