No início dos
anos 5O logo que Luiz Gonzaga resolveu mostrar e divulgar seu trabalho musical
pelo país a fora, a primeira formação do seu histórico e pioneiro trio de forró
pé-de-serra tinha como zabumbeiro, um filho natural de Missão Velha. Quer seja,
João André Gomes, cujo nome artístico era Cata-Milho. O mesmo era filho do Sr.
Pedro André que residia à rua São José, embora tenha nascido na zona rural, ou
seja, na Serra da Mãozinha no dia 20 de setembro no ano de 1929.
Cata-Milho,
inclusive, era primo legítimo do dileto amigo e memorialista Bosco André. Outra
feliz coincidência: existem informações esporádicas também dando conta de que a
vó materna do rei do baião era de Missão Velha cujo nome era Efigênia Januário.
O trio na
época era formado por Luiz Gonzaga na sanfona(voz), Zequinha no triângulo e
Cata-Milho no zabumba(foto). Segundo dizem, Cata-Milho tinha problema com
bebida. Coisa que Gonzaga não via com bons olhos, visto que, vez por outra,
atrapalhava o ritmo das apresentações. Mas, como se tratava de um bom tocador
Gonzaga não podia perde-lo de jeito nenhum. Contudo, no ano de 1952/3 durante
uma série de apresentações pelo sertão baiano, na região do cacau, numa noite
de show na cidade de Itabuna, Cata-Milho passou da conta, de modo que chegou a
cair do palco improvisado (a carroceria de caminhão) com zabumba e tudo.
Bastante chateado pelo fato, no dia seguinte Gonzaga o demitiu. E, o
triânguista Zequinha, por ser muito amigo de Cata-Milho, em solidariedade ao
mesmo, também pediu para deixar o grupo em seguida.
Dizem também
que na época, sugiram alguns boatos de que por conta de uma namorada chamada
Helena se havia dado cabo do zabumbeiro. E que para provar que tudo não passava
de mentiras Luiz Gonzaga durante apresentação pelo interior do Ceará tinha
chamado Cata-Milho de volta para o trio. Para pôr um fim a taís mentiras. Mas
tudo não passou realmente de meras invencionices maldosas.
O certo é que
com as saídas de Cata-Milho e Zequinha, ele(Gonzaga) não teria condição de
cumprir com o resto da agenda de shows. Então, logo tratou de procurar outros
tocadores. Mandando inclusive, buscar no Sul do Piauí um Anão engraçado que ele
havia visto outro dia quando passara por lá. Osvaldo Nunes Pereira que ele
cognominou de "o Anão do xaxado" e depois passou a chamá-lo em
definitivo de "salário mínimo". Era o novo "triangueiro" do
grupo. Aliás, até hoje não se sabe, se o termo Cata-Milho tenha sido ou não,
mais um apelido inventado também por Gonzagão.
Ainda, de
visita à Jequié num posto de gasolina ele vira também um exímio engraxate a
tocar de improviso com seus instrumentos de trabalho batucando em sua caixa de
madeira. Ele gostou. Era Juraci Miranda, que ele logo deu o nome artístico de
Cacau. Seria então, o seu novo zabumbeiro.
Surgindo assim, aquela que seria a segunda formação do seu famoso trio de forró pé-de-serra. Entretanto pairan ainda algumas dúvidas sobre a data exata em que ocorreu este fato, se em se deu no dia 23 de outubro de 1953 ou em 58.
Cata-Milho, um
artista do povo. Mais um esquecido personagem importante da história
missãovelhense que merece ser lembrado.
José Cícero.
# fonte e
fotos:
Folha Patuense
e outros informes da Net.
https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/posts/pfbid02CZuNCdL1y7iwEoXDRsMMfNU6BQ9copRmEAB2oVRe23aeJEREWECvi6FyMuYba1asl?notif_id=1681740340335287¬if_t=feedback_reaction_generic&ref=notif
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