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segunda-feira, 17 de abril de 2023

DECLARAÇÃO DE VAQUEIRO

 José Di Rosa Maria


Estou gostando escondido
Da filha dum fazendeiro,
Enquanto ela me quiser
Cachaça vai dá dinheiro,
Tudo que faço ela aprova;
Feijão verde e mulher nova
Não precisam de tempero.
Ela tem dezoito anos
Possui o corpo delgado,
É tão bonita dum jeito
Que me deixou encantado,
Não tem o nome de Eva
Mas quando me ver me leva
Ao lamaçal do pecado.
Se o pai dela souber
Vai se dá uma novela,
E se a boca esquentar
Entre mim e o pai dela,
Se Deus perdoa quem peca...
Eu vendo até a cueca
Pra ir embora com ela.
O seu pai é meio bruto
Eu já sei, mas não reclamo;
Se ele partir pra cima:
Pra decidir eu não chamo,
Eu evito acontecer...
Porque não posso bater
No pai da mulher que amo.
Eu não revelo seu nome
Para o povo não saber,
Tem coisa que não se pode
A todo mundo dizer;
E sendo amor proibido
Tem que ser bem escondido
Pra nenhum dos dois sofrer.
Do nosso primeiro olhar
Nossa paixão se compôs,
Se eu morrer num minuto
E ela noutro depois,
Pelos nossos corações;
Não arranjem dois caixões...
Que um só dá pra nós dois.
Mossoró/RN. 02-07-2022.
Este poema não pode ser gravado sem minha autorização!
Já foi gravado em áudio, em 08/07/2022, por mim.
Desculpas autor, pelo uso da foto do vaqueiro, que usei da Internet.


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