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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

AMIGO ESCRITOR LIRA NETO

 Por: José Mendes Pereira

Parabenizo-lhe pelo excelente artigo, e gostaria de usar as suas páginas para levar a minha discordância (não sobre o seu artigo), em relação às dúvidas sobre a morte de Lampião.
               
Sendo eu um principiante da literatura lampiônica, até hoje não entendi o motivo pelo o qual alguns escritores e pesquisadores tentam manipular leitores sobre a não acontecida morte de Lampião, na madrugada de 28 de julho de 1938, lá  na Grota de Angicos, no Estado de Sergipe, afirmando que houve uma farsa: os policiais colocaram no lugar de Lampião a cabeça de um sósia, cuja, teria sido a do fazendeiro Lampião de Buritis. Que coincidência, hein?! O Lampião de Buritis morreu no mesmo dia da chacina de Angicos, e os seus familiares permitiram que decepassem a sua cabeça para colocá-la no lugar da cabeça de Lampião verdadeiro. Não tem fundamento uma história dessa.
                
Eu não sei se o escritor já viu as duas fotos das supostas cabeças dos dois Lampião, no blog do escritor Leandro Cardoso (lembrando que ele em nenhum momento diz que Lampião não morreu naquela chacina. Apenas escreveu o artigo).
               
Sem precisar de se fazer uma análise e estudo sobre elas, ver-se no primeiro olhar que nada tem a ver uma com a outra.
               
1 - O Lampião verdadeiro tem a pele e formato ainda jovem. O Lampião de Buritis além da pele estragada, aparentemente tinha 80 anos, no mínimo, na época.
               
2 - A boca de Lampião verdadeiro é miúda. A boca de Lampião de Buritis é enorme.
               
3 - As orelhas de Lampião verdadeiro são pequenas. As de Lampião de Buritis são enormes.
              
4 - Lampião verdadeiro não apresenta sinais que os seus cabelos haviam caído. Lampião de Buritis aparenta ser calvo.
              
5 - O nariz de Lampião verdadeiro ver-se que era afilado. O nariz de Lampião de Buritis era meio grosso.
              
6 - O queixo de Lampião verdadeiro, tem certo formato do queixo de Lampião de Buritis. Mas esta aparência é devido a cabeça de Lampião, estar, não sei, sobre uma mesa, um colchão, ou outra coisa parecida, e fez com que o seu próprio peso arriasse um pouco, dando um ligeiro formato do queixo de Lampião de Buritis.
             
O escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa diz em um dos seus artigos: (OS 70 ANOS DA MORTE DE LAMPIÃO - publicado em 18/06/2008), que no livro “LAMPIÃO E ZÉ SATURNINO – 16 ANOS DE LUTA”, escrito por José Alves Sobrinho, que era sobrinho em segundo grau de José Saturnino, o inimigo número 1 de Lampião, diz que o rei não morreu em Angico, e sim, aos 83 anos de idade na fazenda Ouro Preto, em Tocantinópolis, Goiás. 
              
E diz ainda o escritor que um senhor chamado Jaques Cerqueira, subeditor do Viver do Jornal Diário de Pernambuco, é o autor de um artigo intitulado “A outra morte de Lampião” que saiu no jornal Página Certa, da minha  Mossoró, afirmando que Lampião não morreu em Angico, e sim em setembro de 1981, na fazenda Ouro Preto, em Tocantinópolis, Goiás. 
              
Ainda segundo Alcino, José Alves afirma: “O Capitão Virgulino tinha o olho esquerdo com pálpebra arriada, e não o olho direito fechado como o da cabeça decepada pela polícia e mostrada no “Museu Nina Rodrigues”. 
              
O escritor ainda faz uma interrogação: “-Lampião morreu em Angico?” E ele mesmo a responde: “-Acredito que sim. Mas, me pergunto - continua ele, por que os estudiosos, os historiadores, os pesquisadores, enfim, a sociedade brasileira não aceita sob hipótese alguma desfazer as terríveis mentiras que foram plantadas naquele pedacinho histórico de sertão? E se Lampião não morreu em Angico, como é que fica a história?" Finda o escritor.
              
Eu como estudante do cangaço, não tenho a menor dúvida.  Pela foto da cabeça, Lampião morreu na chacina de Angicos de 1938. Papéis e gravações cabem tudo. Mentiras e Verdades.
             
Respeitando o ilustre escritor José Alves Sobrinho. Mas tenho que dizer a minha verdade e repúdio sobre a não acontecida morte de Lampião: O escritor fez esta história no intuito de lucros e mais lucros. 
             
Também não entendo o porquê de não terem feito o DNA, pois acredito que material para exame existe. O que falta é o interesse da comprovação real sobre os dois Lampião.
             
Gostaria de dizer ao nobre escritor José Alves Sobrinho, que muito embora pareça, mas isto não é uma crítica, apenas minha análise e opinião.
              
José Mendes Pereira - Mossoró - Rio Grande do Norte.

Fonte: facebook
Página: Lampeão o Rei do Cangaço

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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