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domingo, 13 de janeiro de 2013

Matadores de Lampião e seu bando foram promovidos

Tenente João Bezerra à esquerda, Aspirante Ferreira de Melo ao centro e Sargento Aniceto Rodrigues à direita

Os três militares acima, após a invasão a Lampião e seu bando de cangaceiros, na Grota de  Angicos, no Estado de Sergipe, na madrugada de 28 de julho de 1938, foram promovidos ao próximo posto e graduação, como forma de reconhecimento pelo grandioso feito. 

João Bezerra da Silva, na foto nº. 1, passou de 1º. Tenente para Capitão. Francisco Ferreira de Melo: De Aspirante a Oficial à 1º Tenente e Aniceto Rodrigues dos Santos: De 3º. Sargento a Aspirante a Oficial, conforme Boletim Regimental nº 179, de 12/08/1938.

A chacina só aconteceu devido informações dada ao sargento Aniceto Rodrigues por coiteiros,  informando a localização de Lampião e sua malta na fazenda Angico. Imediatamente o sargento Aniceto Rodrigues telegrafa ao Tenente João Bezerra, transmitindo a mensagem de forma ‘cifrada’, a fim de não levantar qualquer suspeita. Naquele fim de manhã, o oficial estaria com sua tropa estacionada em Pedra (hoje Delmiro Gouveia, alto sertão de Alagoas), descansando de uma ‘batida’ policial realizada em possíveis esconderijos de cangaceiros na região de Mata Grande.

Com estas informações as volante se dirigiram em direção ao coito do rei do cangaço, que não teve tempo nem para se defender. Lampião e os 10 cangaceiros, inclusive a sua rainha Maria Bonita, foram alvejados sem usarem as suas armas.

Esquema da emboscada em Angico

A volante da polícia militar de Alagoas fez o cerco e, durante às quatro horas daquela madrugada de quinta-feira, começa a batalha que põe fim a vida de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, o rei do cangaço, sua companheira Maria Bonita e mais nove cangaceiros, deixando ainda o militar 

Adrião Pedro de Souza é o da esquerda - Foto cedida pelo professor, escritor  e pesquisador do cangaço: Antonio Vilela de Sousa

Adrião Pedro de Souza morto, e o Tenente João Bezerra ferido com um tiro que transfixou a mão e um outro na coxa, que ficou alojada no seu quadril.

Após o combate, que durou cerca de 20 minutos, como de costume na época, para provarem o grandioso feito, os cangaceiros tiveram suas 

Exposição das cabeças na escadaria da Prefeitura de Piranhas (Palácio Dom Pedro II)

cabeças decepadas, salgadas e colocadas em latas de querosene, contendo aguardente e cal para conservá-las, para que pudessem ser expostas em várias cidades de Alagoas; sendo levadas em seguida para Salvador/BA e de lá para o Rio de Janeiro, de onde retornou à capital baiana para a realização de estudos científicos, e onde permaneceram no Museu Antropológico do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues por mais de trinta anos, até que seus sepultamentos fossem autorizados pelo governo.

Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus, para evitar a disseminação de doenças. Dias depois foi colocada creolina sobre os corpos.

Fonte de pesquisa:
http://www.terceirobpm.com.br/p/ten-joao-bezerra.html

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