Lampião após o
ocorrido em Angico em 28 de julho de 1938, durante muito tempo, o então tenente
João Bezerra foi ovacionado e tido por todos como um herói, como o homem que
derrotou o maior e mais perigoso cangaceiro de todos os tempos, e que era
considerado o inimigo público número 1 (um).
Porém com o
passar dos anos, foi acontecendo a inversão dos papéis. Lampião passa a ser
reverenciado por muitos como herói, como um justiceiro, uma espécie de “Robin Hood”
ao estilo nordestino e suas histórias e feitos foram caindo no esquecimento,
enquanto sua versão romântica era fabricada pelo cinema, livros e artistas
populares (cordelistas, repentistas, etc.), e aquele que a princípio era
reverenciado por ter dado cabo de Lampião e parte de seu bando, passa a ser
visto como o carrasco, como o vilão desta história, quando na verdade não é
essa a realidade dos fatos, como todos (as) nós sabemos.
Ambos tiveram
e tem o seu valor dentro do contexto histórico... Isso é fato, cada um teve seu
destaque dentro de seu campo de atuação. Dois grandes
estrategistas que lutaram em lados opostos, exímios combatentes, homens de
personalidades e de inteligências incomum... Homens a frente de seu tempo... Cada
qual em seu habitat.
Uma inversão
de valores? Quem sabe? Acredito que apenas o tempo responderá a essa pergunta,
pois este coloca tudo no seu lugar.
Geraldo Antônio
de Souza Júnior (administrador)
Fonte: facebook - Página: Geraldo Júnior O Cangaço
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
Acho que cada um desempenhou seu papel. João Bezerra era um líder policial, que, por dever de ofício teria que fazer o enfrentamento. Lampião, por sua vez, já estava na "fogueira" e, quem está na fogueira, corre o risco de se queimar. Eu, como um simples civil que não sabe nem como segurar uma arma, não tenho como censurar os policiais que tomaram de emboscada o bando de Lampião, coisa que, o Rei do Cangaço quando estava disposto a brigar, muitas vezes mandava avisar onde estava. Mas, a circunstância é quem fala, e não eu, que não estava lá no meio do fogo cerrado.
ResponderExcluirAntonio Oliveira - Serrinha