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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O cangaço - O fim do vilão e o surgimento do "herói"


Lampião após o ocorrido em Angico em 28 de julho de 1938, durante muito tempo, o então tenente João Bezerra foi ovacionado e tido por todos como um herói, como o homem que derrotou o maior e mais perigoso cangaceiro de todos os tempos, e que era considerado o inimigo público número 1 (um).

Porém com o passar dos anos, foi acontecendo a inversão dos papéis. Lampião passa a ser reverenciado por muitos como herói, como um justiceiro, uma espécie de “Robin Hood” ao estilo nordestino e suas histórias e feitos foram caindo no esquecimento, enquanto sua versão romântica era fabricada pelo cinema, livros e artistas populares (cordelistas, repentistas, etc.), e aquele que a princípio era reverenciado por ter dado cabo de Lampião e parte de seu bando, passa a ser visto como o carrasco, como o vilão desta história, quando na verdade não é essa a realidade dos fatos, como todos (as) nós sabemos.

Ambos tiveram e tem o seu valor dentro do contexto histórico... Isso é fato, cada um teve seu destaque dentro de seu campo de atuação. Dois grandes estrategistas que lutaram em lados opostos, exímios combatentes, homens de personalidades e de inteligências incomum... Homens a frente de seu tempo... Cada qual em seu habitat.

Uma inversão de valores? Quem sabe? Acredito que apenas o tempo responderá a essa pergunta, pois este coloca tudo no seu lugar.
Geraldo Antônio de Souza Júnior (administrador)

Fonte: facebook - Página: Geraldo Júnior‎ O Cangaço

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Um comentário:

  1. Anônimo18:08:00

    Acho que cada um desempenhou seu papel. João Bezerra era um líder policial, que, por dever de ofício teria que fazer o enfrentamento. Lampião, por sua vez, já estava na "fogueira" e, quem está na fogueira, corre o risco de se queimar. Eu, como um simples civil que não sabe nem como segurar uma arma, não tenho como censurar os policiais que tomaram de emboscada o bando de Lampião, coisa que, o Rei do Cangaço quando estava disposto a brigar, muitas vezes mandava avisar onde estava. Mas, a circunstância é quem fala, e não eu, que não estava lá no meio do fogo cerrado.
    Antonio Oliveira - Serrinha

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