O
fato em si é relatado no livro Saco do Ribeiro de José Gilson dos Santos
(página 32):
Por derradeiro, em se aproximando da véspera do dia de São João (terça ou
quarta 22/23 de junho) de 1937, Zé Sereno desemboca com mais de vinte
cangaceiros, inclusive com mulheres no bando, em território municipal, passando
uma noite inteira no lugar Maniçoba, hoje Nossa Senhora Aparecida, em completa
farra, certamente festejando à época junina, ao som de uma velha sanfona que
não parava de tocar canções regionais e, prosseguindo, o grupo amanheceu o dia
na Lagoa da Mata, batendo primeiro na casa do velho Davi, onde até bem pouco
tempo ainda existiam as marcas dos canos dos fuzis nas portas e janelas.
Bando de cangaceiro de Zé Sereno
O
bando apresentava estar todo de ressaca alcoólica, acompanhado do abnegado
sanfoneiro Pedro Tacapé, bem assim de Celso de Primo que servia de guia. Na
Lagoa da Mata, Zé Sereno dava a entender que se dirigia para o povoado Serra do
Machado, diante das informações solicitadas sobre o itinerário, mas tudo
indicava que o guia estava afirmando desconhecer o caminho, porque aquele
cangaceiro, chefe do grupo em movimento, pegou também Manoel de Artur, para
mostrar a estrada, que por sua vez disse da mesma forma não conhecer o rumo do
destino pretendido pelo bando, causando até certa irritação ao bandoleiro, mas
assim mesmo Manoel de Artur teve de montar na garupa do cavalo que conduzia
Sila, a mulher de Zé Sereno. A cangaceira, pressentindo a tensão ambiental,
mandou que Manoel de Artur desmontasse do animal, o que foi feito com extrema
agilidade, permanecendo o grupo com o guia Celso de Primo, ou para os outros,
Celso da Maniçoba.
Página: Robério Santos -
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