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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Celso de Primo sequestrado pelo bando de cangaceiros de Zé Sereno


O fato em si é relatado no livro Saco do Ribeiro de José Gilson dos Santos (página 32):

Por derradeiro, em se aproximando da véspera do dia de São João (terça ou quarta 22/23 de junho) de 1937, Zé Sereno desemboca com mais de vinte cangaceiros, inclusive com mulheres no bando, em território municipal, passando uma noite inteira no lugar Maniçoba, hoje Nossa Senhora Aparecida, em completa farra, certamente festejando à época junina, ao som de uma velha sanfona que não parava de tocar canções regionais e, prosseguindo, o grupo amanheceu o dia na Lagoa da Mata, batendo primeiro na casa do velho Davi, onde até bem pouco tempo ainda existiam as marcas dos canos dos fuzis nas portas e janelas. 

Bando de cangaceiro de Zé Sereno

O bando apresentava estar todo de ressaca alcoólica, acompanhado do abnegado sanfoneiro Pedro Tacapé, bem assim de Celso de Primo que servia de guia. Na Lagoa da Mata, Zé Sereno dava a entender que se dirigia para o povoado Serra do Machado, diante das informações solicitadas sobre o itinerário, mas tudo indicava que o guia estava afirmando desconhecer o caminho, porque aquele cangaceiro, chefe do grupo em movimento, pegou também Manoel de Artur, para mostrar a estrada, que por sua vez disse da mesma forma não conhecer o rumo do destino pretendido pelo bando, causando até certa irritação ao bandoleiro, mas assim mesmo Manoel de Artur teve de montar na garupa do cavalo que conduzia Sila, a mulher de Zé Sereno. A cangaceira, pressentindo a tensão ambiental, mandou que Manoel de Artur desmontasse do animal, o que foi feito com extrema agilidade, permanecendo o grupo com o guia Celso de Primo, ou para os outros, Celso da Maniçoba.

Fonte: facebook
Página: Robério Santos - 

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