Seguidores

terça-feira, 26 de julho de 2016

Os BANDIDOS, TODOS OS BANDIDOS

Por Clerisvaldo B. Chagas, 27 de julho de 2016 - Crônica 1.552

Aqui em Maceió, amigo, só se fala em roubos e assaltos. Assaltam-se ônibus interestaduais, intermunicipais e vans que fazem os mesmos trajetos. Assaltam na Serraria, no Jacintinho, na Jatiúca, aqui não se escolhem bairros. Ninguém mais quer trabalhar. Ganhar dinheiro com o suor do trabalho honesto virou piada de mau gosto no Brasil. Ora, se os exemplos vêm de cima, como extirpar esse câncer que se apoderou da pátria. Os engravatados do poder levam o dinheiro do país inteiro e ainda dão um golpe “fia da puta” na democracia. Os acordos dos ladrões paralisam as operações de guerra contra eles e, os brasileiros, quando muito protestam nas ruas e mais nada. O silêncio volta a dominar o Brasil, mas os golpistas continuam no poder. Afinal aqui não é a Turquia, não é mesmo, camarada?

Se os poderosos dão o exemplo maior da mão grande, o que podemos esperar na saída de casa, nas ruas, nos transportes públicos? Os pedidos a Deus nunca foram tão usados nesse país que clama por Justiça e fim dos assaltos que viraram praga. É o pé de chinelo drogado matando inocentes, sem piedade nenhuma. É um rapar de direitos do cidadão comum como hospitais, escolas e liberdade, cujo fim não poderá ser bom. Invade-se escritório médico, residência, restaurantes, o diabo! O homem do povo anda atordoado, saindo com medo, sem arma, sem canivete, sem um “berro bom” porque se não a polícia toma. E quando não é a polícia é o bandido. Se a verba for pequena, o rato das grotas leva. Caso seja muito, já fica nos bolsos dos mandatários, com raras exceções.


Católicos apostólicos romanos, não acreditamos mais nesse modelo frouxo que se instalou no país da mão por cima e mãos nos bolsos. Mas quem faz as leis são eles. Os mesmos que assaltam as leis.

Os homens perderam a vergonha, camarada. Comeram-na com farinha como dizia Lampião. E como o povo brasileiro é muito rezador, talvez esteja aguardando que Jesus esgote toda a paciência que acumula. Mesmo assim, é como diz a personagem Encarnação da novela o Velho Chico: “Espero que quando Deus acabar com tudo, deixe a minha família por derradeiro”. Acho que os ratos de cima e os de baixo acreditam piamente nisso ou se consideram ladrões imortais.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário