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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

LAMPIÃO O FARMACÊUTICO DO SERTÃO

Material do acervo do pesquisador José João Souza

Como chefe do bando, Lampião não se preocupava apenas em traçar as estratégias de guerra ou em levantar recursos para manter a tropa. O rei do cangaço cuidava pessoalmente da saúde de seus “cabras”, assumindo o papel de médico clínico, cirurgião, ginecologista, parteiro, dentista e farmacêutico. E como tal, ele tratou de difundir “formulas” que aprendeu no contato com índios e a população mais carente do sertão nordestino. Lampião tinha dicas para todo tipo de problema. Do piolho à erisipela. 

Veja algumas dessas dicas: 

Para tratar espinhas o rei do cangaço tinha uma receita que era tiro e queda: aplicar no rosto esterco de galinha choca. A calvície era tratada com uma pasta de mosca. Já o remédio para amigdalite era um estranho chá de formiga servido com cozimento de angico com sal. O indicado para as cólicas era água serenada. 

Quem sofria de erisipela era aconselhado a amarrar a perna com fita vermelha. O tratamento de piolho era mais complicado. Nesse caso, a sugestão era formar uma pasta com sementes de pinhas torradas e óleo de piqui. O preparado deveria ser untado à cabeça. 

Mas para alcançar resultado, o piolhento deveria ficar algumas horas embaixo do sol. Segundo Lampião, era o bastante para que os parasitas caíssem todos. O infeliz que viesse a sofrer de lesões pulmonares, por mais complicado que fosse o problema, não iria encontrar dificuldade para debelar a doença. Nesse caso, a dica era extremamente simples. Bastava esticar-se no chão duro. O drama maior, no entanto, era tratar da indigestão. O remédio indicado: azeite de carrapato.

Publicado no DIARIO DE PERNAMBUCO
Data: 7 de julho de 1997.

‎Fonte: facebook
Página: José João Souza‎ 
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=802271383218141&set=gm.434252710117012&type=3&theater

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