Seguidores

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

PAPO FURADO – O QUE VALE É A CONVERSA NÃO REVELADA DOS BASTIDORES

Por Alfredo Bonessi

Conversa de dirigente de qualquer país do mundo, ao público em geral, manifestando intenções governamentais, não se pode dar crédito. Nem mesmo acordos e tratados, assinados publicamente, entre dirigentes de estados, na frente da mídia, para todo mundo ver, não devem ser levados a sério. Eles não são cumpridos. Tudo são jogos políticos.

“Quem faz barulho é fraco”. Demonstra que está inseguro. Quer impressionar.

Um dirigente que se deixa levar por essa onda de “eu posso” – “eu quero” – “eu faço” – é um indivíduo inexperiente, cuja administração irá fracassar: vai dar com os burros na água (ditado nosso).

Assim foi Trump em toda a sua vida: se atirava nos negócios, sem medir as conseqüências. Quebrou duas vezes e ficou rico três vezes – é um cara de sorte. No momento da campanha, estava em cima.

A sua impetuosidade é tanta que resolveu se candidatar à Presidência dos Estados Unidos da América, mais como “eu posso”, do que “se eu ganhar, vou ajudar a meu país”.  Ganhou por um golpe do destino, e porque enfrentou uma mulher que foi um fracasso como secretária de estado e que foi pega com irregularidades durante o exercício de suas funções públicas. Lá nos EUA quem resvala, caí.

Eu acho que Trump entrou em uma fria. Ele que era mandão e folgazão e podia tudo e era obedecido por auxiliares que lhe diziam “sim senhor” – agora terá que manobrar com um imenso país, maior que um transatlântico, e conduzi-lo por uma viagem incerta, por mares nunca navegados, e aportá-lo em um porto seguro, livre das marés turbulentas. Não será fácil.

Uma coisa é você ser dono do seu negócio – outra coisa é dirigir todos os negócios dos outros.

Lidar com pessoas é uma tarefa muito difícil – mais difícil ainda é lidar com diplomacia com pessoas estrangeiras.

Jornalistas ficam em cima do muro nessa hora em que Trump assume a presidência dos EUA, e não querem argumentar sobre o seu destino político, com medo de errar para pior ao final do seu mandato.  Mas não será difícil adivinhar o que acontecerá no futuro sob sua administração. Vamos as análises.

1-      A América do Sul sempre foi subserviente das políticas Americanas e Inglesas – enquanto essas potencias sustentam seus domínios sobre o Pacifico e o Atlântico e detém as rédeas do mundo, a América do Sul vive mergulhada em roubalheiras, corrupção, politicagem, desgovernos, em queda de braço entre nacionalistas e socialistas que governam mal, são péssimos políticos e são descompromissados com o futuro das gerações do amanhã. Saiu o avô e já está o neto a frente dos governos, aprontado as mesmas safadezas deixadas pelos ancestrais. Enquanto o Brasil possuir riquezas naturais que possam ser contrabandeadas para o exterior cujos fundos possam sustentar a malha política, o Brasil não quebra. Quem paga o preço das más gestões são as crianças que passam necessidades, seus pais que pagam as contas para políticos gastarem a vontade e sem fazer nada, e que irão morrer trabalhando sem se aposentarem.

Os EUA não se preocupam com a América do Sul – e a grande maioria das pessoas americanas não sabem o que é Brasil, nem aonde ele fica. Trump é uma dessas pessoas.

2-      Os EUA se fechar para balanço – irão constatar que o país está quebrado – com muita gente desempregada, sem fazer nada, sem saúde e com muitas bombas e muitas armas nas mãos. Os Americanos precisam de novidades. Precisam estar acima de alguém e que esse alguém diga amém a eles. Exploram com lucros e ganham sempre. Ninguém os detém.

3-      Os Russos devem obrigação aos EUA – e a China também. O Japão existe graças aos EUA. A Coréia do Sul idem. A situação da Europa é de agitação por causa da estratégia islâmica de ocupação pelos refugiados – um enorme abacaxi. A situação no Oriente é de conflito como sempre foi. De um lado Rússia – Irã e Síria. Do outro lado Turquia – Arábia Saudita – e os EUA com um pé em um lado e outro pé em outro lado. Israel e Egito aguardam. Trump não vai se meter ali – o tempo de investida já passou. Esse conflito não é um jogo de golfe – é uma partida de beisebol – que vai demorar e o resultado é incerto.

4-      Nacionalismo e Protecionismo: Trump quer tirar da assistência o povo americano e colocá-lo para agir – para ação. Para isso precisa assumir mercados e tomar mercados. Pretende deixar de lado o México, a China e quer que a Rússia compre dele. A rigor ele deseja que a China (fornecedora de mão de obra dele), agora seja cliente dele. Trump acha que os mercados funcionam a murros com punhos fechados. Não é assim. Hoje em dia tudo ocorre por trocas de favores, acordos de bastidores, com alianças econômicas, onde se perde e se ganha ao mesmo tempo, onde é impossível existir um só vencedor – Trump quer ser ganhador sozinho -  será que os outros países deixarão que isso aconteça?

Encerrando

A política externa mundial não é um jogo de pôquer – parece ser esse o jogo preferido de Trump. Mas ele está certo quando promete encolher os EUA para dentro de suas fronteiras – isso me parece uma estratégia de reagrupamento de forças. Cada país terá que resolver as suas diferenças internas – solucionar seus próprios problemas – conviver com eles – encontrar a melhor solução, sem interferência de outros países. Com isso ele evita os desgastes políticos, minimiza custos – reduz a exposição ao ridículo e a campanhas de guerras intermináveis, com perdas de vidas de seus cidadãos. Em resumo: é melhor farrear nos países estrangeiros, com muita bebida e mulherada, do que estar em uma trincheira levando tiro de habitantes locais enfurecidos.

Essa retração dos americanos com relação ao domínio dos mercados poderá ser de grande valia para os brasileiros – desde que o governo se interesse e queira realmente tomar o rumo do desenvolvimento econômico  mundial, em benefício dos brasileiros e não ampliar campo para a ideologia atrasada da tomada de poder pelas esquerdas – isso para mim sempre foi algo irrelevante pois o que está em jogo é o bem estar da população brasileira e a grandeza do Brasil – e não a entronização de um bando de ladrões do quilate desses ratos que agora estão as voltas com a lei. Pois de uma maneira bem simples, irei exemplificar o momento atual e futuro para todos nós, com a pretensa saída dos EUA do cenário político e econômico mundial:

“ Sempre que um enorme elefante deixa o lago, a água desce de nível, correspondente ao volume do seu corpo que saiu para fora. Assim sendo, o bicho Brasil poderá entrar nesse lago e nadar à vontade, sem perigo de faltar água ou de ser pisoteado pelo enorme paquiderme”.


Alfredo Bonessi  

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário