Por Alfredo
Bonessi
Conversa de
dirigente de qualquer país do mundo, ao público em geral, manifestando
intenções governamentais, não se pode dar crédito. Nem mesmo acordos e
tratados, assinados publicamente, entre dirigentes de estados, na frente da mídia, para
todo mundo ver, não devem ser levados a sério. Eles não são cumpridos. Tudo são
jogos políticos.
“Quem faz
barulho é fraco”. Demonstra que está inseguro. Quer impressionar.
Um dirigente
que se deixa levar por essa onda de “eu posso” – “eu quero” – “eu faço” – é um indivíduo
inexperiente, cuja administração irá fracassar: vai dar com os burros na água
(ditado nosso).
Assim foi
Trump em toda a sua vida: se atirava nos negócios, sem medir as conseqüências.
Quebrou duas vezes e ficou rico três vezes – é um cara de sorte. No momento da
campanha, estava em cima.
A sua
impetuosidade é tanta que resolveu se candidatar à Presidência dos Estados
Unidos da América, mais como “eu posso”, do que “se eu ganhar, vou ajudar a meu
país”. Ganhou por um golpe do destino, e porque enfrentou uma mulher
que foi um fracasso como secretária de estado e que foi pega com
irregularidades durante o exercício de suas funções públicas. Lá nos EUA quem
resvala, caí.
Eu acho que
Trump entrou em uma fria. Ele que era mandão e folgazão e podia tudo e era
obedecido por auxiliares que lhe diziam “sim senhor” – agora terá que manobrar
com um imenso país, maior que um transatlântico, e conduzi-lo por uma viagem
incerta, por mares nunca navegados, e aportá-lo em um porto seguro, livre das
marés turbulentas. Não será fácil.
Uma coisa é
você ser dono do seu negócio – outra coisa é dirigir todos os negócios dos
outros.
Lidar com
pessoas é uma tarefa muito difícil – mais difícil ainda é lidar com diplomacia
com pessoas estrangeiras.
Jornalistas
ficam em cima do muro nessa hora em que Trump assume a presidência dos EUA, e
não querem argumentar sobre o seu destino político, com medo de errar para
pior ao final do seu mandato. Mas não será difícil adivinhar o
que acontecerá no futuro sob sua administração. Vamos as análises.
1- A
América do Sul sempre foi subserviente das políticas Americanas e Inglesas –
enquanto essas potencias sustentam seus domínios sobre o Pacifico e o Atlântico
e detém as rédeas do mundo, a América do Sul vive mergulhada em
roubalheiras, corrupção, politicagem, desgovernos, em queda de braço entre
nacionalistas e socialistas que governam mal, são péssimos políticos e são
descompromissados com o futuro das gerações do amanhã. Saiu o avô e já está o
neto a frente dos governos, aprontado as mesmas safadezas deixadas pelos
ancestrais. Enquanto o Brasil possuir riquezas naturais que possam ser
contrabandeadas para o exterior cujos fundos possam sustentar a malha política,
o Brasil não quebra. Quem paga o preço das más gestões são as crianças que
passam necessidades, seus pais que pagam as contas para políticos gastarem a
vontade e sem fazer nada, e que irão morrer trabalhando sem se aposentarem.
Os EUA não se
preocupam com a América do Sul – e a grande maioria das pessoas americanas não
sabem o que é Brasil, nem aonde ele fica. Trump é uma dessas pessoas.
2- Os
EUA se fechar para balanço – irão constatar que o país está quebrado – com
muita gente desempregada, sem fazer nada, sem saúde e com muitas bombas e
muitas armas nas mãos. Os Americanos precisam de novidades. Precisam estar
acima de alguém e que esse alguém diga amém a eles. Exploram com lucros e
ganham sempre. Ninguém os detém.
3- Os
Russos devem obrigação aos EUA – e a China também. O Japão existe graças aos
EUA. A Coréia do Sul idem. A situação da Europa é de agitação por causa da
estratégia islâmica de ocupação pelos refugiados – um enorme abacaxi. A
situação no Oriente é de conflito como sempre foi. De um lado Rússia – Irã e
Síria. Do outro lado Turquia – Arábia Saudita – e os EUA com um pé em um lado e
outro pé em outro lado. Israel e Egito aguardam. Trump não vai se meter ali – o
tempo de investida já passou. Esse conflito não é um jogo de golfe – é uma
partida de beisebol – que vai demorar e o resultado é incerto.
4- Nacionalismo
e Protecionismo: Trump quer tirar da assistência o povo americano e colocá-lo
para agir – para ação. Para isso precisa assumir mercados e tomar mercados.
Pretende deixar de lado o México, a China e quer que a Rússia compre dele. A
rigor ele deseja que a China (fornecedora de mão de obra dele), agora seja
cliente dele. Trump acha que os mercados funcionam a murros com punhos
fechados. Não é assim. Hoje em dia tudo ocorre por trocas de favores, acordos
de bastidores, com alianças econômicas, onde se perde e se ganha ao mesmo
tempo, onde é impossível existir um só vencedor – Trump quer ser ganhador
sozinho - será que os outros países deixarão que isso aconteça?
Encerrando
A política
externa mundial não é um jogo de pôquer – parece ser esse o jogo preferido de
Trump. Mas ele está certo quando promete encolher os EUA para dentro de suas
fronteiras – isso me parece uma estratégia de reagrupamento de forças. Cada
país terá que resolver as suas diferenças internas – solucionar seus próprios
problemas – conviver com eles – encontrar a melhor solução, sem interferência
de outros países. Com isso ele evita os desgastes políticos, minimiza custos
– reduz a exposição ao ridículo e a campanhas de guerras
intermináveis, com perdas de vidas de seus cidadãos. Em resumo: é melhor
farrear nos países estrangeiros, com muita bebida e mulherada, do que estar em
uma trincheira levando tiro de habitantes locais enfurecidos.
Essa retração
dos americanos com relação ao domínio dos mercados poderá ser de grande valia
para os brasileiros – desde que o governo se interesse e queira realmente tomar
o rumo do desenvolvimento econômico mundial, em benefício dos
brasileiros e não ampliar campo para a ideologia atrasada da tomada de poder
pelas esquerdas – isso para mim sempre foi algo irrelevante pois o que está em
jogo é o bem estar da população brasileira e a grandeza do Brasil – e não a
entronização de um bando de ladrões do quilate desses ratos que agora estão as
voltas com a lei. Pois de uma maneira bem simples, irei exemplificar o momento
atual e futuro para todos nós, com a pretensa saída dos EUA do cenário político e
econômico mundial:
“ Sempre que
um enorme elefante deixa o lago, a água desce de nível, correspondente ao
volume do seu corpo que saiu para fora. Assim sendo, o bicho Brasil poderá
entrar nesse lago e nadar à vontade, sem perigo de faltar água ou de ser
pisoteado pelo enorme paquiderme”.
Alfredo
Bonessi
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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