Por Geraldo Maia do Nascimento
Foi o segundo
presidente da Câmara Municipal de Mossoró. Era irmão do Padre Francisco
Longino, o famoso sacerdote que por um bom tempo deixou o povoado de Santa
Luzia do Mossoró apavorado, em virtude de uma série de fatos e acontecimento
sangrentos em luta que sustentou ao longo dos anos com os Butragos que eram
seus inimigos. Foi também o primeiro membro da numerosa família Guilherme de
Melo a ocupar eletivo em Mossoró. Simão Balbino Guilherme de Melo nasceu no dia
31 de março de 1816, no povoado de Santa Luzia do Mossoró, sendo filho do
Capitão Simão Guilherme de Melo e dona Inácia Maria da Paixão. Foi
proprietário, agricultor e criador de gado. Ocupou os cargos de Delegado de
Polícia, Juiz de Paz, Presidente e Vereador da Câmara e de Juiz Municipal suplente.
Como político, militou nas fileiras do Partido Conservador, sendo grande amigo
do Padre Antônio Joaquim Rodrigues, chefe local do referido partido.
Casou-se
com sua sobrinha Cosma Damiana da Paixão, que era filha de Maria da Paixão e
Alexandre José. Do enlace nasceram os filhos: Guilherme de Medeiros Guilherme
de Melo, Florêncio Guilherme de Melo, Simão Balbino de Melo, Antônia Bezerra de
Medeiros, Francisca Maria da Conceição, Lourenço Guilherme de Melo e Inácia
Maria da Paixão. Foi eleito Presidente da Intendência (Prefeito) para o período
de 1857 a 1860, em substituição ao Padre Antônio Freire de Carvalho. Sua
administração foi tida como boa, dentro dos limites de recursos que dispunha.
Melhorou a feição urbanística da Vila, promovendo a demolição de um velho
pardieiro de taipa que servia de mercado, além de outros serviços. Promoveu a
construção do Cemitério Público, através da Lei nº 398, de 21 de agosto de
1858. Teve autorização do Presidente da Província, Bernardo Machado da Costa
Dória (1811-1878), de despesas necessárias para construir uma estrada partindo
da Vila de Mossoró em direção do Aracati, no Ceará. Nesse período a instrução
pública foi beneficiada com a criação da primeira escola para o sexo feminino,
criada pela Lei nº 478, de 13 de abril de 1860 e o setor da navegação marítima
também recebeu benefícios, com dois melhoramentos: Lei do Presidente da
Província mandando construir um armazém no Pontal da Barra de Mossoró e
concessão de uma subvenção à Companhia Pernambucana de Navegação Costeira, para
que o porto de Mossoró fosse incluído nas escalas do Norte. No último ano de
seu governo, 1860, a Vila de Mossoró recebeu a visita do novo Presidente da
Província, José Bento da Cunha Figueiredo Júnior e também do missionário Padre
Ibiapina, quando teria fundado uma Casa de Caridade. Simão Balbino Guilherme de
Melo faleceu no dia 15 de julho de 1893, aos 77 anos de idade, de uma vida
ordeira e trabalhadora, sendo admirado por todos. A Cidade de Mossoró o
homenageou emprestando seu nome a uma rua no bairro Alto de São Manoel.
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