Por Tião Ruas
Amigos,
Estou
aguardando os exemplares já solicitados à editora. Esperem mais por uns vinte
ou trinta dias, para que eu comece a enviar os pedidos, e começar a fazer
lançamentos, iniciando por Recife - PE, onde será realizado meu primeiro
lançamento.
Uma pitadinha
do que está no livro:
DULCE A BONECA
CANGACEIRA DE DEUS.
NA FUMAÇA DA
PÓLVORA
(...) A
orquestra de fuzileiros do Tenente João Bezerra executa uma canção mortífera.
As balas continuam fazendo a varredura no local, procurando corpos de cangaceiros
para se acomodar. Chocam-se furiosamente contra as árvores, arrancando lascas,
e se ricocheteiam nas pedras, produzindo faíscas avermelhadas e nervosas. O
chumbo em brasa parece estrelas passeando em volta de Dulce, cintilando no céu
de Angico. Bala vai, e bala vem, bailando ao redor da menina de Deus.
A orquestra toca por partitura; as balas dançam no salão “angiquiano”; cirandam em volta da cabeça de Dulce, sibilando aos seus ouvidos como uma canção fúnebre: –
Vruuummm! Vruuummm! Vruuummm! Ela bate a mão para afugentá-las, como se tange
uma mosca. As balas insistem em ficar perto dela, como se fosse para
protegê-la. Dulce sente isso, e agora é ela quem passeia bailando no meio das
incontáveis faíscas mortíferas, e estas a reverenciam por sua divindade e
beleza; fazem-lhe continência; pedem-lhe autorização para se afastar, e se vão
como cometas, transformando Angico em um chão candente. (...)
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