Por Raul Meneleu - Fonte de pesquisa no final da página
Lampião quando
chegou na Bahia, não conhecia ainda o terreno e escondeu provisoriamente seu
tesouro na serra do Tonã.
Enterrou-o em um saco de couro e só mais tarde quando
veio a conhecer melhor a região, esconderia definitivamente tal
tesouro, no Raso da Catarina, provavelmente dinheiro em cédulas de maior
valor*, adotando o mesmo sistema que usara no outro lado do rio São Francisco –
botijas enterradas em pontos diferentes para maior segurança.
Segundo a
crendice popular, a botija enterrada quando o dono morre, seu fantasma não
encontra paz até ser encontrada e desenterrada. Os moradores da região do Raso
da Catarina dizem que Lampião galopa constantemente em um cavalo branco,
cantando “Mulher Rendeira” por trás dos serrotes, “aperreado” por algumas
botijas encontrarem-se ainda enterradas, ele vagueia em noites de lua.
Ainda existe
muita gente que sonha com as botijas de Lampião nesse árido e esquisito local.
Mas se você for “picado” pela mosca da botija, e queira ir ao Raso da Catarina
para encontrar e desenterrar esses tesouros escondidos, não deixe de contratar
um guia local e levar muita água, pois a região é inóspita e ainda pode se
deparar com os perigos de onças suçuarana e cobras cascavéis em seu caminho.
* Quando
Lampião conheceu o Coronel Petronildo de Alcântara, poderoso fazendeiro
conhecido por Coronel Petro, apresentado pelo vigário de Glória, o padre Emílio
Moura Ferreira, o coronel ficou bastante assombrado com a quantidade de
dinheiro que Lampião lhe mostrou, só notas graúdas, afirmando que tinha trazido
para a Bahia três coisas: fome, nudez e dinheiro. Como Petro era homem
ganancioso, convidou Lampião para investir em sociedade, na compra de fazendas.
Lampião satisfeito, passou às suas mãos aquela dinheirama toda.
Fonte: Padre
Frederico Bezerra Maciel em seu livro "Lampião, seu tempo e seu
reinado" livro 4 A Campanha da Bahia.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário