Por José
Mendes Pereira
Capitão Lampião
Não estou
querendo enaltecer o velho bandido capitão Lampião, mas se analisarmos bem
direitinho e cuidadosamente para não menosprezar os demais cangaceiros, que no
mundo do crime foram feras humanas, no meu entender, Lampião foi o homem mais
corajoso de todos os tempos, que viveu dentro da caatinga do Nordeste do Brasil.
Antonio Ferreira da Silva irmão do capitão Lampião
Até o ano de
1925 o capitão Lampião estava protegido pelos dois manos Antonio Ferreira da Silva e Livino Ferreira da Silva,
que estavam ao seu lado, lutando pela mesma causa que era respeito aos
Ferreiras, ou por interesses próprios.
Livino Ferreira está por trás de Lampião. Lampião ainda não era cego do olho
Mas neste mesmo ano Lampião perdeu em combate o Livino Ferreira e ele ficou
cego do olho direito. Mesmo assim, enfrentou o cangaço sem pensamento de
desistir daquela maldita vida. Agora na caatinga só tinha o mano Antonio Ferreira para
protegê-lo dos arrufos de qualquer um cangaceiro, que possivelmente, poderia
surgir uma briga contra ele, porque o capitão mantinha ordem dentro do seu grupo. E isso era possível uma revolta por ter repreendido fortemente algum deles ,diante de toda cabroeira.
A igreja ao centro é a São Vicente de Paula em Mossoró e que ela serviu de apoio para os combatentes se protegeram contra os estilaços de balas pelo grupo de Lampião em 1927.
Mas por
infelicidade do capitão Lampião no início do ano de 1927, meses antes da
tentativa de assaltarem a cidade de
Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, sem ser perseguido por
volantes, e sim, um triste acidente, o Antonio Ferreira da Silva foi morto por
uma arma que disparou contra si quando ele, Luiz Pedro e mais outros
cangaceiros jogavam cartas em grupos.
O cangaceiro Luiz Pedro amigo de Lampião desde a velha guarda
Após a morte do mano mais velho Lampião
admitiu Ezequiel Ferreira da Silva o mais novo irmão. Este iria participar do
movimento sem leis em sua Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia. Mas em
1931 Ezequiel Ferreira foi morto por uma volante policial do governo.
Lampião e seu irmão Ezequiel Ferreira
Agora o
capitão Lampião não tinha mais irmão que pudesse colocá-lo no cangaço. Somente o João Ferreira dos Santos que não
participou do movimento desastroso do seu irmão, mas muito antes, segundo
alguns escritores e pesquisadores afirmam que ele tentou entrar na empresa e o capitão Lampião não
aceitou, mandou que ele fosse cuidar das suas irmãs solteiras.
Mas o que me
faz dizer que Lampião foi um dos cangaceiros mais corajoso do cangaço é que após o ano de 1931 ele ficou sozinho no meio daquelas feras, totalmente
desprotegido de irmãos e de parentes. No cangaço a Maria Bonita era apenas a
sua companheira de cama e não carregava em seu corpo o seu sangue.
Imagina você
leitor, se caso acontecesse uma guerra de cangaceiros contra o capitão Lampião,
já que mesmo sem parentes ali, qual seria a sua reação? Se atirasse num, seria
alvo fácil para os demais, porque no seu comando (não no grupo) existiam irmãos
como:
O cangaceiro Sabonete era irmão do cangaceiro Borboleta e que era uma espécie de secretário da rainha do cangaço Maria Bonita. O Borboleta é aquele que foi se
entregar ao capitão Aníbal Vicente Ferreira, comandante das Forças de
Operação na Bahia juntamente com Juriti e sua companheira Maria..
O capitão Aníbal Vicente Ferreira deu documento de soltura aos três, mas me parece que ainda foram presos por um curto período e por má sorte o cangaceiro Juriti foi morto numa fogueira pelo tenente Deluz.
O cangaceiro Velocidade era irmão do cangaceiro Atividade. Velocidade é aquele que quando se entregou à polícia disse às autoridades que Corisco não se entregava porque a sua companheira Dadá não deixava. Ele quis dizer que Corisco era mandado por Dadá e já li, não sei se procede, que quando Corisco estava bêbado a sua esposa Dadá era uma verdadeira suçuarana contra ele.
O cangaceiro Cirilo de Engrácias era irmão do
cangaceiro Antonio de Engrácias, e que me parece que Antonio de Engrácias fez uma covardia com Lampião, e ele não querendo resolver o problema pediu ao Cirilo que resolvesse. Mas o Cirilo não quis conversar com o irmão e foi ao seu encontro e o matou. Não tenho o autor desta informação, mas eu já li por aí na estrada dos nossos estudos cangaceiros.
O Zé Sereno, Mané Morero e Zé Baiano eram sobrinhos de Cirilo e do Antonio de Engrácias, os três eram primos entre si, sendo que o Zé Sereno era primo carnal do cangaceiro Zé Baiano. Mas existiram outros que eram irmãos e que me parece que eram lá da cidade de Poço Redondo no Estado de Sergipe., mas não disponho no momento dos seus nomes. Quem quiser saber os seus nomes verdadeiros procurem no livro "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistéios de Angico" do escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa.
Cangaceiro era faca de dois gumes. Além destes que citei mais outros poderiam se revoltarem contra o capitão e assassiná-lo por ódio ou até mesmo para roubarem as suas riquezas.
Capitão Aníbal Ferreira
O capitão Aníbal Vicente Ferreira deu documento de soltura aos três, mas me parece que ainda foram presos por um curto período e por má sorte o cangaceiro Juriti foi morto numa fogueira pelo tenente Deluz.
O cangaceiro Velocidade
O cangaceiro Cirilo de Engrácias. - Quando fizeram esta foto o Cirilo já estava morto e degolado. Mas colocaram a cabeça sobre o corpo para fins da foto.
Os cangaceiros Mané Moreno, Zé Baiano e Zé Sereno
O Zé Sereno, Mané Morero e Zé Baiano eram sobrinhos de Cirilo e do Antonio de Engrácias, os três eram primos entre si, sendo que o Zé Sereno era primo carnal do cangaceiro Zé Baiano. Mas existiram outros que eram irmãos e que me parece que eram lá da cidade de Poço Redondo no Estado de Sergipe., mas não disponho no momento dos seus nomes. Quem quiser saber os seus nomes verdadeiros procurem no livro "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistéios de Angico" do escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa.
Cangaceiro era faca de dois gumes. Além destes que citei mais outros poderiam se revoltarem contra o capitão e assassiná-lo por ódio ou até mesmo para roubarem as suas riquezas.
O que escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica, são apenas as minhas inquietações como dizia o escritor Alcino Alves Costa.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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