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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

A FORMOSURA DO CÃO CANGACEIRO E A MORTE DE SEU DONO.


Por João Filho de Paula Pessoa

Em fevereiro de 38, uma volante alagoana descansava à beira de uma cacimba, quando se aproximou um cachorro portando um belo ornamento, uma bonita e enfeitada coleira, que logo atiçou a desconfiança dos volantes de que seria cão de cangaceiro e o seguiram avistando mais à frente os cangaceiros Serra Branca, Eleonora (irmã de Aristéia), Ameaça e outros, iniciando imediatamente os tiros e a persiga. 

Na fuga Serra Branca corria junto com Eleonora, mas foi alvejado algumas vezes e caiu, com isto Eleonora parou, se virou e abriu os braços para se render, contudo recebeu um tiro na testa, caindo morta de braços abertos. Os volantes arrancaram as cabeças de ambos, amarraram uma na outra pelos cabelos e retornaram ao acampamento, onde já se encontrava a outra parte da volante com a cabeça decepada de Ameaça. Um padre que criava em segredo o filho de Eleonora e Serra Branca, ao saber das mortes, convocou em segredo alguns fieis e foram ao local onde se encontravam os corpos dos cangaceiros e de forma rápida “encomendaram” e enterraram os corpos nas entranhas da caatinga. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 04/12/2019.


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