Por Osvaldo Abreu (Abreu) Alto da Compadecida, 6 de junho de 2020
Sempre e
sempre vai existir
O juízo de condenação,
A humanidade a ferir,
Da boca pra fora o perdão,
Muita gente a sorrir,
Abelha sem mel, de ferrão.
O mundo que se
diz de perdão,
Cristo se a terra retornasse,
Muitos iam dizer: “Não é ele, não.”
Se toda gente se analisasse,
Ia de si ter chateação.
Todos nós somos seres de fases.
Quem nunca
teve seu ódio, sua ira?
Nos templos falam muito do perdoar...
Dizer que jamais teve ira, é mentira.
O homem traz n’alma o pecar.
Ninguém em Madalena uma pedra atira,
Cristo aos perseguidores fez o desafiar.
Não me assusta
o amor e o ódio a Lampião,
O ideal era nunca fazer julgamento.
Cada um em seu mundo, sua razão,
Surge sempre um Lampião no tempo.
Um Herói ou um bandido, vê a sua opção?
Lampião está vivo a cada momento.
Do capitão,
muita gente curtiu e comentou.
Não hei de fazer nenhum julgamento.
Lampião não é folha que o vento levou,
Sempre se lembra o morrer e nascimento.
O corpo se enterrou, mas o mito ficou.
Lampião ultrapassa o tempo.
LAMPIÃO
Foto: Benjamin Abraão - 1936
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário