Por José Mendes Pereira
Segundo a
medicina o apêndice é um tubo vermiforme que parte da primeira parte do
intestino grosso e que se situa na região inferior direita do abdômen. Somente
os seres humanos e os macacos que possuem apêndice. Não se sabe ao certo qual
função exerce. Porém, sabemos que ele possui grande quantidade de tecido
linfóide, importante para atuar como defesa contra infecções locais. O
tratamento da apendicite é a retirada do apêndice através de cirurgia. Esta
intervenção cirúrgica deve ser rápida, pois se a parede do apêndice se romper,
a infecção pode se alastrar por toda a cavidade abdominal e causar peritonite
(inflamação da parede abdominal). A peritonite aguda, sem tratamento adequado,
pode levar o paciente a morte.
Nos anos 60,
estendendo-se um pouco mais para o início da década de 70 as cirurgias de
apêndice foram exageradas, mas o certo é que não se sabe se o paciente ou os
pacientes estavam mesmo precisando de passar por estas cirurgias de apêndice.
Se uma pessoa adoecia era logo levada ao hospital para a retirada do apêndice,
do contrário poderia ser tarde para o paciente ser socorrido.
Claro que não
sou médico, não tenho nenhum conhecimento no que diz respeito a tratamentos de
saúde, mas na minha opinião, muitos dos pacientes que submeteram à cirurgia do
apêndice não chegaram a fazer exames para a comprovação de que eles estavam
mesmo com o apêndice inflamado, e tinha que ser logo feito a cirurgia.
Lá na minha
casa, de 8 irmãs minhas, 2 foram cirurgiadas do apêndice, mas não ficou por aí,
o meu pai também precisava desta tal cirurgia, e o que aconteceu, ele não
permitiu passar pelos cortes de um esculápio, e mesmo evitando, viveu mais de
40 anos após ter sido verbalmente diagnosticado uma inflamação no apêndice, e
só faleceu em 2011, aos 89 anos e 2 meses, e sem dúvida, não estava com
problema no apêndice, já que ficou bom sem precisar ser cirugiado.
Como leigo que
sou em relação à medicina acho que é muito difícil existir epidemia de
apendicite, e se analisarmos com cuidado, naquelas décadas, muitos pacientes
foram cortados na base da adivinhação, sem nenhum exame que comprovasse o
problema inflamatório do apêndice, quando na verdade era outro tipo de
enfermidade, e como estava sobre medicamentos antibióticos, tiveram a sorte de
serem curados, vez que o antibióticos é um dos medicamentos mais apropriados para
resolver problemas inflamatórios.
Também
naqueles idos os hospitais de Mossoró e de outros Estados do Brasil não
dispunham de aparelhos para tais fins, e a medicina ainda caminhava muito
lenta, e para piorar ainda mais a vida desses profissionais, poucos eram os que
tinham condições de participarem de congressos fora do Brasil, no intuito de
uma espécie de reciclagem. Nos dias de hoje, e sempre terá pessoas necessitando
de retirarem os seus apêndices, mas lógico que são casos muito isoados.
No meu
entender, naquelas décadas, muitos foram cortados, mas acho que não foram
feitos exames comprobatórios, e tudo foi resolvido na base da adivinhação.
Minhas Simples
Histórias
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