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sábado, 24 de outubro de 2020

CABACEIRAS NA ÉPOCA DO CANGAÇO. O SEXO NO CANGAÇO.

 Por NCastro

Aqui em Cabaceiras na época do cangaço, abrimos um espaço para falar sobre o sexo. Apesar da vida difícil enfrentada pelos cangaceiros, eles gostavam de fazer sexo. Principalmente nas noites de luar no Sertão. Apesar de tudo, os casais tinham que manter o respeito entre si e para com os outros.

O Sertão do Nordeste Brasileiro, desde as épocas coloniais, serviu de cenário para muitos cangaceiros praticarem o sexo. Logo no início do cangaço nordestino, isso nos tempos remotos, antes dos românticos: Jesuíno Brilhante, Sinhô Pereira e Antonio Silvino era raro o cangaceiro que não cometia tenebrosos defloramentos contra moças donzelas. E esses atos de crueldades muitas vezes eram praticados dentro das casas dos pais de famílias. Com a existência desses cangaceiros românticos foram adotadas algumas regras para não serem permitidas algumas barbaridades.

Nos tempos de Jesuíno Brilhante e Antonio Silvino um cangaceiro que estuprasse ou agredisse uma moça de família ou uma mulher casada, se tal coisa acontecesse o indivíduo seria punido pelas novas regras do cangaço.

Antes de Lampião, o namoro e o casamento aconteciam com os cangaceiros, mas fora dos bandos. O primeiro cangaceiro a se casar foi Antonio Silvino, por volta de 1911, quando conheceu a jovem de nome: Juventina Maria da Conceição (Tita), filha de um fazendeiro. Mas não aceitava a presença de sua mulher no bando. Sempre que ele podia visitava ela na casa dos pais.

De acordo com as histórias contadas pelo fazendeiro Juarez Lacerda da fazenda Bravo de Cabaceiras, O cangaceiro Antonio Silvino também mantinha relação sexual com uma mulher chamada Maria. Residente na Fazenda Lages. Dizem que com essa tal de Maria o cangaceiro teve um filho chamado José. Nessa época Antonio Silvino também mantinha relação de sexo com uma mulher no povoado de Boa Vista. Com quem teve uma filha chamada Maria Batista de Moraes.

Já nos tempos de Lampião, o cangaceiro se casou com Maria Bonita, aquém chamava de “Santinha”. Era ela uma mulher baiana muita bonita. Foi a mais famosa de todas as cangaceiras do Sertão. Considerada até hoje como a “Rainha do Cangaço. Seu nome era Maria Déia antes de ser chamada de Maria Bonita”. Lampião chefe do bando foi fiel a sua companheira até a morte.

Somente nos tempos de Lampião é que o amor e sexo passaram a serem presentes e marcantes no cangaço. O cangaceiro chefe exigia disciplina das mulheres dentro do bando. Não era permitida a traição conjugal entre eles. Cada cangaceiro tinha que respeitar a sua companheira e vice versa. Os cangaceiros praticavam sexo a luz da lua, no chão batido forrado com folhas ou dentro de uma rede. Todos desejavam ter uma mulher como companheira no bando. E quando isso acontecia sua cara metade se tornava também uma grande guerreira.

Apesar das regras postas por alguns chefes do cangaço, para que os cangaceiros e suas companheiras não praticassem atos de infidelidades, infelizmente aconteceu no bando de Lampião. Registraram-se alguns casos de traição no cangaço. A exemplo da cangaceira Lídia (mulher de José Baiano) que dormia com o cangaceiro Bem-te-vi, aproveitando-se da ausência do seu companheiro. Esse ato foi espionado por “Besouro” (cangaceiro) que observou o coito dos dois. Nesse dia o cangaceiro Besouro também quis se aproveitar de Lídia e lhe propôs relação sexual. A cangaceira não aceitou a chantagem. O cangaceiro Besouro não satisfeito delatou Lídia a José Baiano. Nesse dia houve confusão no bando. Lampião matou o delator e José Baiano matou a sua companheira a cacetadas.

Dentro do cangaço os atos de sexos eram escondidos para ninguém saber. Quase sempre os atos aconteciam nas furnas e nas beiras dos riachos. Os cangaceiros não andavam diretos com beijos e abraços nas vistas dos seus companheiros. E quando essas relações sexuais aconteciam no bando eles chamavam em seu linguajar de “cobrir a fêmea”.

Nos tempos de Lampião, as cangaceiras que faziam sexos e engravidavam, tinham seus bebês e deixavam nas casas de seus parentes. Visto que não era permitida a presença de crianças no bando.

Muitas mulheres bonitas e carinhosas fizeram partes do cenário amoroso do cangaço: Maria Bonita, Lídia, Dadá, Neném, Áurea, Mariquinha, Enedina, Lili... E tantas outras.

Texto:

NCastro Castro

Baseado em diversas fontes das histórias do cangaço nordestino. Além de depoimentos populares.

 https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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