Por José G. Diniz
Fica bela a campina
Na chegada do inverno
Com a mudança do terno
O roceiro muda a rotina
Selecciona bem o grão
Para fazer a plantação
É verédico o que eu cito
O peixe nada apressado
Quando esta piracema
Se ouve o cantar da seriema
No campo todo enfolhado
Tem alimento para o gado
Não precisa mais ração
Deu fez a irrigação
Eu não vi mas acredito
Canta alto a ciricora
Em uma pequena ilhota
A flor da jurema brota
Tatu em buraco mora
E o sabia não decora
Para cantar a sua canção
Cabra faz a alimentação
De um pequeno cabrito
Um boi escaramuça
A juriti bota um ovo
Preá nasce um pelo novo
O porco na lama fuça
Pica-pau arrepia a carapuça
Voa mais alto o carão
Fazendo sua profetização
Isto é o que o povo tem dito
Canta o sapo na lagoa
Grita mocó no serrote
Relincha o jegue no lote
Água na cascata zoa
O cipó põe a coroa
Na linda vegetação
E uma católica faz oração
Cumprindo com o seu rito
Vi gente fazer promessa
Roubar imagem de São José
Rezando com muita fé
Para ver se o inverno começa
E se a chuva regressa
Ela faz uma procissão
Um rosário em sua mão
E louvando ao seu mito
Quem vive da agricultura
Com a chuva fica feliz
Um para o outro diz
Já tenho fava madura
A colheita esta segura
Do milho e do feijão
Vou catar meu algodão
E pastora o arroz no grito.
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