Por José D. Diniz
No sertão tem água no
pote
Morcego mora na gruta
Não existe mais
matuta
O mocó mora em
serrote
O jegue se agrupa em
lote
Na novena tem festejo
E o galo come o
sobejo
Que as galinhas
deixam no chão
Para cantar bem o
sertão
Tem que ser poeta e
sertanejo
Eu aprendo muito cedo
Tirar leite de uma
vaca
Cavar buraco para
estaca
Fazer de um chifre
brinquedo
Minha mãe me ensinou
o segredo
Para fazer um bom
queijo
Fazia do gado o
traquejo
Em bom cavalo alazão
Para cantar bem o
sertão
Tem que ser poeta e
sertanejo
É simples a cultura
nossa
Temos panela de barro
O brejeiro é um
cigarro
A casa as vezes uma
palhoça
Sendo para cantar a
roça
Descrevo e não
gaguejo
Tem muito percevejo
Capulho de algodão
Para cantar bem o
sertão
Tem que ser poeta e
sertanejo
Foi no sertão que eu
amei
Dei o meu primeiro
abraço
Consegui o meu espaço
Uma garota conquistei
O que eu nunca
imaginei
Que após o primeiro
beijo
Vinha o mais forte
desejo
Pousar em meu coração
Para cantar o sertão
Tem que ser poeta e
sertanejo.
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